Treze mil pessoas conheceram no último domingo (04/12), durante o Dia V, modelos sociais e ações de voluntariado realizadas por empresas, organizações não-governamentais e instituições públicas paranaenses. A mostra dos trabalhados foi promovida em seis cidades do Estado pelo Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial, órgão consultivo do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), e o Serviço Social da Indústria (Sesi) do Paraná.
Ao todo foram mobilizadas mais de 30 empresas e 40 instituições públicas e não-governamentais, que apresentaram exemplos de ações sociais em benefício da comunidade paranaense. Os participantes desenvolveram 90 atividades nas cidades Curitiba, Ponta Grossa, Maringá, União da Vitória, Guarapuava e Londrina.
Atualmente, estas entidades e empresas atendem diariamente mais de 18 mil pessoas carentes, entre crianças, jovens, adultos e idosos. “Ser voluntário é uma realização pessoal e uma prática de amor ao próximo”, destaca o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures. Segundo ele, as pessoas não têm só carências materiais, mas também emocionais.
“Voluntariado é a melhor forma que as empresas têm para proporcionar aos trabalhadores exercer uma vocação escondida dentro de cada pessoa e isto deve ser incentivado”.
O presidente do Sistema Fiep disse que entre as empresas está se fortalecendo o comprometimento com a comunidade. Baseado nos dados preliminares do 1º Mapeamento de Responsabilidade Social, realizado pelo Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial, Rocha Loures afirma que os funcionários de 61,3% das empresas que participaram da pesquisa atuam diretamente em ações sociais.
Voluntários – A assessora de projetos do Centro de Ação Voluntária de Curitiba (CAV), Claudia Márcia Rodrigues da Silva, afirma que, na média, o voluntário paranaense tem idade entre 20 e 60 anos, nível superior completo e pós-graduação. “O trabalho voluntário é um compromisso”, afirma. Para a coordenadora da CAV, o maior beneficiado com a ação voluntária é o próprio voluntário. “Ele se sente mais cidadão e pode contribuir com o mundo”.
“Participar do Dia V foi muito importante paras as crianças, pois puderam reconhecer como há voluntários preocupados com diversas causas”, afirma a maestrina Luciana Real, que trouxe o coral infantil Solidariedade para participar da abertura do Dia V. As 35 crianças que participam do coral são assistidas pela Fundação Solidariedade, associação de Campo Magro mantida pela associação Viking, da Volvo.
“A música é um canal de desenvolvimento da criatividade e melhora a sensibilidade das crianças. É uma possibilidade de auto-conhecimento e aumento da auto-estima das crianças”, diz.
Um bom exemplo de que as ações sociais podem mudar a vida de várias pessoas é o caso do pedreiro da empresa de Pasini e Pasini Contruções Civil, Augustinho Rosa, de 35 anos, que parou de estudar quando estava na 6ª série e em 2005 pode concluir o ensino fundamental, através do Programa Canteiro da Educação que faz parte do Programa Amo Curitiba Ações Voluntárias oferecido pelo Sindicato de Estabelecimentos Particulares de Ensino do Paraná – Sinep/PR. O programa possui professores voluntários e visa alfabetizar, com programas diferenciados, adultos analfabetos ou que possuam apenas o ensino fundamental.
Em Curitiba, houve homenagem a duas iniciativas de voluntariado. O projeto @, desenvolvido pelo auxiliar administrativo da prefeitura da cidade, Alisson José Santos, 21 anos, promove a alfabetização digital a adultos que nunca tiveram contato com computadores. Outra homenageada foi Cleide Anastácia Rando, presidente da Associação e Oficinas de Caridade Santa Rita de Cássia, que envolve 1.400 mulheres que ajudam 200 entidades carentes de Curitiba e Região Metropolitana.
MOBILIZAÇÃO NO INTERIOR
Além da capital, as atividades em comemoração ao Dia V aconteceram nas cidades de Ponta Grossa, Londrina, União da Vitória, Maringá e Guarapuava. Em Ponta Grossa, voluntários e empresas estiveram reunidos no Sesi oferecendo a 1,2 mil pessoas atividades de recreativas, como brincadeiras em brinquedos infláveis, oficina de pipa e de escultura de balão, apresentações de capoeira, além de palestras sobre Aids, higiene pessoal e verminoses. Londrina reuniu 3 mil pessoas no Cincão Fest. Entidades como Corpo de Bombeiros, Copel, Sesc e Associação dos Deficientes Físicos de Londrina participam das atividades. O Sesi realizará exames de glicemia, colesterol, pressão arterial e teste de visão.
Em União da Vitória as três mil pessoas puderam se matricular no programa Brasil Alfabetizado ou realizar exames de saúde e participar de atividades de lazer. Também foram oferecidos serviços de corte de cabelo, manicuro e massagem reflexiva.
Em Maringá e Guarapuava as atividades foram diferentes: os voluntários proporcionaram para idosos momentos de lazer e recreação. Eles realizaram exames laboratoriais, participaram de atividades de recreação e de um baile. Em Maringá, foram atendidos idosos do Asilo São Vicente de Paula e, em Guarapuava, foram os internos do Asilo Frederico Azamon.