Os moradores do bairro Fazendinha, localizado na área rural de Araucária – região metropolitana de Curitiba, decidiram, na última sexta-feira (19), implantar o Projeto Político de Desenvolvimento das Cidades do Paraná proposto pela Rede de Participação Política – iniciativa do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).
A apresentação do projeto, feita por Gilséia Baraniuk, agente de desenvolvimento da Rede, reuniu moradores interessados em participar do processo de desenvolvimento do local.
O Seminário Visão de Futuro, primeira etapa da metodologia que integra o projeto, está marcado para o dia 10 de julho, às 18 horas, na Associação dos Japoneses (Estrada do Tietê, KM 9,5). Neste seminário, a comunidade sonha com um bairro ideal para se viver daqui a dez anos, dando ideias e sugestões do que querem ver e ter no futuro.
“A participação dos moradores é imprescindível para o sucesso dos trabalhos, uma vez que o projeto de desenvolvimento é feito pelos moradores, para comunidade. Desta forma, todos devem estar presentes no seminário para dar sua contribuição e construir o futuro desejado”, lembra Gilséia Baraniuk.
Os moradores querem buscar melhorias através da sua articulação com os demais segmentos da sociedade. Eles participam de uma metodologia desenvolvida para o projeto e, mais adiante, realizam o chamado pacto pelo desenvolvimento local. Para o pacto serão convidados representantes de órgãos públicos e privados e todos os interessados para que, de um modo geral, a sociedade seja informada da existência do projeto e participe, eventualmente, de ações planejadas que necessitem de sua colaboração.
“Todo lugar onde a população espera por desenvolvimento é um lugar extremamente pobre. Qualquer ação que nós fazemos gera desenvolvimento. Se nós não resolvermos, ninguém vai resolver. Não é o governo que faz o lugar se desenvolver, quem faz são as pessoas”, defende o professor, analista político e consultor da Rede, Augusto de Franco.
A ideia do projeto é que a comunidade local trabalhe com uma nova visão de governança compartilhada, onde os próprios moradores é que dão os primeiros passos em busca de um lugar melhor para viver. Unidos, eles discutem os problemas e as possíveis soluções para corrigir as deficiências e vão atrás de parcerias com os setores público e privado para concretizarem as ações planejadas numa agenda positiva.
O projeto já foi implantado nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Maringá e Londrina, totalizando 24 diferentes localidades e mais de 45 mil pessoas envolvidas. Algumas ações planejadas durante os encontros do projeto já estão sendo executadas no bairro Ney Braga em Maringá, nas vilas Santana e Barreto em Ponta Grossa, no Jardim Santos Andrade em Curitiba e na Vila Recreio em Londrina.