Medidas anticrise devem ajudar a elevar competitividade, diz Rocha Loures

Presidente da Fiep fez pronunciamento nesta terça-feira, em Brasília, na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da presidência

clique para ampliar Presidente Lula, ministros Dilma Roussef e Guido Mantega e presidente do Banco Central ouvem pronunciamento de Rocha Loures. (Foto: Miguel Angelo – CNI)

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, foi um dos 10 conselheiros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) convidados a se pronunciar na reunião realizada nesta terça-feira (15), em Brasília, para fazer um balanço das medidas brasileiras para enfrentar a crise financeira internacional.

No seu pronunciamento, Rocha Loures disse que o pior da crise já passou e o Brasil se saiu bem, mas que as lições aprendidas devem contribuir para ampliar a competitividade do produto nacional. “Voltamos a crescer e o mercado interno desempenhou um papel central nessa recuperação. As políticas de estímulo à demanda se mostraram eficazes e agora precisam ajudar a ampliar nossa competitividade internacional”, disse.

Para o presidente da Fiep, o enfrentamento da crise mostra que é possível ter mais audácia na política econômica. “Quando o governo reduz impostos e facilita o crédito há uma reação positiva. Se atuarmos com determinação para incentivar o crescimento, encontraremos respostas na sociedade brasileira”.

Falando diretamente para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros Guido Mantega (Fazenda), Dilma Roussef (Casa Civil), Paulo Bernardo (Planejamento), José Múcio (Relações Institucionais) e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, Rocha Loures alertou que o câmbio ainda é um tema a ser monitorado. “A agenda de competitividade é vital para enfrentarmos a competição global e para atenuarmos a valorização cambial”, destacou.

Ele afirmou ainda que o País precisa ter um foco claro na inovação. “Essa bandeira pode ser um forte tema de articulação dos interesses públicos e privados”, declarou, completando que a agenda anticrise é também uma agenda de preparação para o futuro.

“O mundo que emergirá da crise será diferente. Sairá melhor quem estiver melhor preparado”, disse. “Nós temos chances nesse mundo, mas o futuro de tudo isso se decide agora. O instrumental que usamos para combater a crise pode e deve ser usado agora para aumentar a competitividade e reforçar a capacidade de inovar das empresas”, reforçou.

Na visão do empresário um tema especialmente relevante dessa agenda é a questão energética. “O desafio da mudança global do clima é um imperativo para aprofundar nossa opção por uma matriz energética limpa”, afirmou. “Essa é a indústria do futuro e precisa ser uma indústria sustentável”.

O presidente da Fiep pediu ao governo uma revisão da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) e do Plano Nacional de Ciência e Tecnologia (PAC da Inovação) para adequar o País à nova ordem econômica global. “O Brasil vai ser ainda mais respeitado quando for capaz de responder aos pressupostos de uma economia limpa”.

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