Mais de 40 empresas brasileiras buscando parcerias internacionais. Sete compradores estrangeiros oferecendo parcerias e representatividade no exterior. O resultado: proximidade de contato e expectativa de bons negócios para ambos os lados. Este foi o saldo da rodada de encontros empresariais promovida pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) nesta quinta-feira (17) durante o Encomex Mercosul, realizado em Foz do Iguaçu. O evento reuniu lideranças empresariais e políticas debatendo oportunidades de negócios entre os países do bloco.
“O evento superou nossas expectativas. Pelo interesse de compradores e vendedores, poderíamos até ter estendido os encontros”, afirmou a coordenadora do CIN, Janet Pacheco. “Tivemos a oportunidade de fomentar negócios não só de empresas paranaenses, mas de todo o Mercosul”, completou. Participaram dos encontros empresariais compradores da Suécia, França, Alemanha, Itália e Irlanda, que conheceram pessoalmente produtos de empresas de todo o Brasil interessadas em exportação.
“Esse tipo de evento é essencial. Somos inexperientes em exportação e estamos buscando nos aproximar de potenciais compradores, sejam tradings ou clientes finais. Esse evento pode trazer para nós nosso primeiro negócio em exportação”, afirmou Aderbal Alves Borges, diretor de novos negócios da A & W Foods, de Goiânia (GO), que levou ao encontro exemplares de seus biscoitos de queijo e pães de queijo goianos. Borges negociou, entre outras empresas, com a francesa ACE Export, especializada em representação de serviços, representada em Foz do Iguaçu pelo consultor Erik Catala: “Nosso trabalho é encontrar produtos que interessem ao mercado francês e outros europeus. Há aqui produtos interessantes que podem satisfazer esse mercado. A concretização do negócio depende de preço, qualidade e demanda”, avaliou.
O brasileiro Bruno Boer Silva participou dos encontros empresariais como representante da irlandesa Tiesan Catering. Seu foco: encontrar produtos tipicamente brasileiros que possam agradar o público britânico, como cafés e chás. “São produtos que têm grande aceitação lá fora. A Irlanda é um país hoje cheio de brasileiros, e muitas lojas querem vender para esse público”, afirmou. A Tiesan foi uma das empresas compradoras que mais atraiu potenciais vendedores. Ao longo do dia, Silva participou de 15 reuniões com empresários brasileiros.
Para o assessor de relações internacionais da Unisol Brasil, cooperativa que reúne empresas de sete diferentes setores, Victor Mellão, os encontros empresariais serviram para “estreitar bons contatos” entre as empresas cooperadas e os compradores internacionais: “O próximo passo é abrir o mercado para as cooperativas”, diz acreditar.