Terceira pista do aeroporto Afonso Pena atrairá investimentos para o Paraná

Infraero, Governo do Paraná e Prefeitura de São José dos Pinhais firmam parceria para viabilizar a expansão. Estudo da Fiep subsidia novo plano diretor do aeroporto

clique para ampliar Presidente da Infraero, Murilo Marques Barbosa, assinou termo de cooperação da construção da terceira pista no Afonso Pena (Foto: Rogério Theodorovy)

Foi assinado nesta sexta-feira (05), em São José dos Pinhais, o termo de cooperação técnica para a construção da terceira pista do aeroporto Afonso Pena. Ainda não há data prevista para o início das obras, mas a Infraero, o governo do Estado e a prefeitura de São José dos Pinhais já deram início ao estudo técnico da área a ser ocupada. O acordo foi assinado pelo presidente da Infraero, Murilo Marques Barbosa; pelo vice-governador, Orlando Pessuti; e pelo prefeito de São José dos Pinhais, Ivan Rodrigues. O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, compareceu à solenidade e foi testemunha do termo de cooperação.  

A construção da terceira pista no aeroporto Afonso Pena é uma reivindicação antiga da indústria em relação à infraestrutura do Estado. Dados da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), apontam que apenas 4% do total das 14 mil toneladas de produtos industrializados exportados anualmente pelo Paraná saem do Estado via Afonso Pena. “Isso acontece pela pouca capacidade do terminal. A ampliação do aeroporto possibilitará um maior fluxo operacional e ainda atrairá investidores para a região”, disse o presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, presente no encontro.

Rocha Loures explica que existe um potencial de crescimento produtivo no Paraná, mas que muitas vezes é reprimido pelas carências na infraestrutura. “Com a construção da terceira pista, haveria uma melhor distribuição da malha aérea, desafogando os aeroportos de São Paulo, além da geração de novas atividades econômicas para o estado, com a consequente geração de emprego e renda com abrangência regional”, afirmou.

O presidente da Infraero concorda com a necessidade de uma pista maior, mas adverte que a obra deve ser precedida de um estudo técnico e de impactos sociais e ambientais para avaliar a sua viabilidade. “Uma das barreiras é a desapropriação de 100 a 200 famílias que moram na área a ser ocupada. A outra é o impacto ambiental que a obra pode causar”, explicou.

A Fiep, através do Conselho Temático de Infraestrutura, foi uma das catalisadoras do projeto que culminou neste termo de cooperação. Em 2008, a Fiep reuniu empresários, parlamentares, e o superintendente de Planejamento e Gestão da Infraero, Eduardo Ballarin, para discutir a questão. Na ocasião, a Federação assumiu o compromisso de atualizar os dados de demanda pelo transporte de carga por via aérea junto ao setor empresarial. A Infraero, por sua vez, ficou responsável pela elaboração do novo plano diretor do aeroporto.

“Todas as obras a serem executadas no aeroporto precisam constar no plano diretor. Entretanto, o plano diretor do Afonso Pena é da década de 80 e não condiz mais com a realidade do Estado. A Federação colaborou com as informações que deram subsídio para que a Infraero desenvolvesse o novo plano diretor, mas até agora não vimos o documento finalizado”, observou Paulo Ceschin, coordenador do Conselho de Infraestrutura.

Demanda nacional – O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, afirmou que a necessidade de investimentos no sistema aeroviário é uma demanda nacional. “O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal é o marco inicial deste investimento. Temos condições de fazer as obras, mas ainda é necessário um levantamento mais detalhado para saber quanto isso vai custar”, observou o ministro.

“Vamos solicitar que o orçamento para essas obras sejam incluídas no PAC 2”, disse o vice-governador Orlando Pessuti, informando que no sábado (06) terá uma reunião com a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, e tratará do assunto.

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