A necessidade de se promover mudanças climáticas vem incentivando algumas localidades no mundo a assumirem esse compromisso. Durante o painel “PoliCS, construções sustentáveis e a cidade de Montevideo” foram apresentadas algumas experiências positivas de lugares que estão elaborando planos de ação e políticas setoriais para a construção civil, que estimulem a eficiência do uso de insumos das edificações e a redução das emissões de carbono pelo ambiente construído.
A prefeita da cidade uruguaia, Hyara Rodriguez, reforçou a importância dos governos locais atuarem em conjunto com a população na questão ambiental. Montevideo elaborou um diagnóstico para analisar a situação atual do problema no município e, partir do levantamento, está atuando por meio de políticas públicas para diminuir os efeitos. O trabalho é feito em parceria com o ICLEI – uma associação democrática internacional de governo locais que atua principalmente para melhorar as condições do clima e da biodiversidade.
O GAM – Grupo Ambiental de Montevideo -, criado pela prefeitura para a elaboração de uma Agenda 21 Local, possui projetos para a utilização, por exemplo, de energia solar na iluminação pública e a criação de prédios sustentáveis. “Temos que ser conscientes pelo que nós mesmos provocamos e esse comprometimento deve ser acompanhado do trabalho em rede”, disse a prefeita de Montevideo.
Entre os governos-pilotos engajados também junto ao ICLEI, através do PoliCS (Políticas para Construções Sustentáveis), estão Belo Horizonte, no Brasil, e Buenos Aires, na Argentina. Para a diretora regional da entidade, Laura Valente de Macedo, as cidades têm o papel de mobilizar as sociedades para estes assuntos. “Governos locais são parte do problema, mas também são parte da solução”, diz. Segundo o secretário de Meio Ambiente de Belo Horizonte, Ronaldo Vasconcellos, que também é coordenador do Comitê Municipal sobre Mudanças Climáticas, a cidade mineira possui a maior concentração de edificações dotadas de sistemas de aquecimento solar da América do Sul. Com um anteprojeto de lei, Vasconcellos espera também reduzir em 40% o problema de resíduos de construção.
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