clique para ampliar (Foto: Jader Rocha) |
As cidades não devem demorar em copiar experiências bem sucedidas em outros locais, aconselhou o secretário geral da Rede Metropolis, Josep Roig, associação de atuação mundial que reúne cidades com mais de um milhão de habitantes. Como exemplo, citou o caso de Barcelona, que está estudando a implantação do BRT (Bus Rapid Transport), sistema de transporte implantado em Curitiba há cerca de 35 anos. “Perdemos 35 anos?” perguntou.
Tanto Roig como Patrick Cocquet, diretor geral da Cap Digital – Paris Region, e Erik Camarano, consultor do Movimento Brasil Competitivo (MBC), acentuaram a necessidade crescente de colaboração entre a administração pública e o setor privado. A Cap Digital atua na França como um arranjo produtivo local na área da tecnologia digital (imagem, multimedia e vida digital ) e se dedica, entre outras coisas, a avaliar a influência dos serviços digitais sobre o futuro das cidades.
No Brasil, o MBC é uma organização mantida por empresas privadas para trabalhar junto a prefeituras modernizando e aprimorando a administração pública. Com recursos disponíveis na ordem de R$ 11,8 bilhões, o MBC já atuou ou ainda atua junto a 10 estados brasileiros e 10 municípios. Investimentos de R$ 70,5 milhões já garantiram, segundo Camarano, economia de R$ 2,9 bilhões para essas cidades e estados, e rendimentos de R$ 8,9 milhões.
Camarano define o MBC como uma empresa de mobilização de lideranças. A entidade obteve resultados importantes também na redução das taxas de criminalidade em várias dessas cidades.
Patrick Cocquet mostrou produtos de várias empresas reunidas na Cap Digital, entre eles a Plataforma THD, um programa que funciona como uma espécie de incubadora, ajudando na implementação de projetos da indústria digital. A Cap Digital tem cerca de 500 membros e também financia projetos de empresas-membros.