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Mais de 1200 pessoas participaram da Mostra de Projetos do 3º. Congresso Nós Podemos Paraná, que teve início nesta terça-feira à tarde (17), no Cietep. Ao todo, foram 210 projetos inscritos de 160 municípios do Estado, todos relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Os ODMs foram definidos em 2000, pela Organização das Nações Unidas (ONU), quando líderes de 189 países firmaram um pacto para eliminar a fome e a extrema pobreza até 2015. O Movimento Nós Podemos Paraná, surgiu em 2006, articulado pelo Sistema Federação da Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), para sensibilizar e mobilizar a sociedade em prol das ODMs, formando redes de desenvolvimento econômico e sustentável no Estado. A meta é fazer com que o Estado antecipe o alcance dos ODMs já em 2010.
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Os participantes da Mostra de Projetos foram divididos em mesas temáticas, de acordo com o ODM trabalhado. Além de apresentar suas propostas, eles também puderam conhecer os projetos de outros participantes, trocando experiências e compartilhando novas idéias. Para a coordenadora do Movimento Nós Podemos Paraná, Maria Aparecida Zago Udenal, o engajamento maciço da sociedade nessa rodada de projetos sinaliza o grau de comprometimento das pessoas e o sucesso do evento. “Essa edição da mostra de projetos vem coroar os objetivos do Movimento Nós Podemos Paraná, que é construir uma rede de trabalho voluntário envolvendo o governo, as empresas e a sociedade civil organizada”, disse a coordenadora.
“Essa é uma oportunidade muito importante para conhecermos tudo o que está sendo feito com relação a determinado tema e saber como nosso projeto pode contribuir”, disse Dirléia Mathias, de Araucária. Ela apresentou o projeto Africanidades em Ação, dentro do ODM Educação Básica de Qualidade para Todos. Formado por um grupo de pedagogas, a proposta é levar às escolas municipais de Araucária uma representação positiva da cultura africana, formando alunos e professores dentro dessa temática. “Quais os heróis ou personalidades negras que o aluno conhece? A Educação deve ser inclusiva em todos os níveis, até mesmo no conteúdo”, observa Dirléia. Ela conta que a partir do evento, o grupo pretende encontrar apoio para montar uma biblioteca itinerante com obras de autores que trabalhem a cultura africana.
Juliet Manfrin, do Instituto de Comunicação Solidária, expôs o projeto “Nosso Plano em Ação”, um apoio ao II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, do governo federal, lançado em 2008. O projeto, dentro da ODM Equidade de Gênero, tornou acessível o conteúdo do Plano formatado pelo governo, transformando-o em 10 cartilhas ilustradas e compactadas, que permite que seja melhor estudado e trabalhado. “Para a distribuição de mil unidades dos kits com as cartilhas, estamos firmando uma parceria com a Fiep. Esse material já está sendo compartilhado, inclusive nos Círculos de Diálogos que foram feitos recentemente”, contou Juliet.
Muitos projetos trazidos para a mostra servem a mais de um ODM, como no caso do Saúde Escolar. A enfermeira Taíse Pascoal, do Programa Saúde da Família, da prefeitura de Ribeirão Claro, conta que, apesar de estar na mesa temática que combate a Mortalidade Infantil, o projeto serve também aos Objetivos de igualdade entre os sexos e valorização da mulher; de combate a Aids e outras doenças e a união de todos para o desenvolvimento. “O Saúde Escolar contém quatro projetos: Saúde Bucal; Projeto Menarca, de orientação para meninas de 11 a 16 anos; Avaliação Nutricional, no qual as crianças das escolas municipais são pesadas e medidas, todo começo do ano, para combater casos de desnutrição ou de obesidade; e o Criança Vitaminada, no qual as crianças das creches recebem, diariamente, suplementação de Sulfato Ferroso e passam por um exame de sangue, todo mês de julho”. Ela conta que o projeto já atendeu 2.490 crianças, de 6 a 16 anos, em 2010.