A regional paranaense da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf-PR) e o Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado do Paraná (Sigep) lançaram nesta terça-feira (14), em Curitiba, a Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa. Com o tema “Imprimir é dar vida”, ela pretende mostrar à sociedade que a celulose brasileira para fabricação de papel provém de árvores cultivadas de forma extremamente sustentável. Além de anúncios em diversos veículos de comunicação de todo o País, a iniciativa tem como uma de suas principais ferramentas o site www.imprimiredarvida.org.br, que apresenta uma série de informações sobre a origem do papel utilizado no Brasil. A campanha foi idealizada pela Abigraf Nacional e, no Estado, conta ainda com apoio do Sindicato das Indústrias de Celulose e Papel do Paraná (Sinpacel).
Para o presidente da Abigraf-PR e do Sigep, Sidney Paciornik, a campanha é fundamental para acabar com alguns mitos que cercam a utilização do papel. “É importante deixar claro que somos contra qualquer tipo de utilização excessiva. Mas uma coisa é evitar desperdício de papel como redução de gastos desnecessários e outra é não usá-lo sob argumento de preservação ambiental”, disse. “Nosso intuito é reverter esse quadro e combater permanentemente as informações erradas sobre o assunto”.
O discurso foi reforçado pelo presidente da Abigraf Santa Catarina, José Fernando Rocha, coordenador nacional da campanha. “O público em geral desconhece que o papel utilizado na comunicação impressa brasileira não agride o meio ambiente. Precisamos fazer um esclarecimento sobre a origem do nosso papel e a importância econômica e social que essa indústria tem para o País”, afirmou.
Também participaram do lançamento da campanha empresários da indústria gráfica paranaense. A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), esteve representada pelo diretor de Relações com Sindicatos e Coordenadorias Regionais, Milton Bueno, que ressaltou a importância da iniciativa para o desenvolvimento dos setores gráfico e de papel e celulose.
Durante o lançamento, houve ainda uma palestra com o engenheiro florestal Sebastião Renato Valverde, doutor em Ciências Florestais pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), de Minas Gerais. “É preciso desmistificar algumas informações equivocadas sobre o setor florestal para a produção de papel”, disse. “Não é verdade que ao consumir papel estamos desmatando. As plantações florestais do Brasil são as melhores, mais sustentáveis e mais competitivas do mundo. Com as plantações, não há desmatamento, mas sim uma redução da pressão sobre as nossas florestas nativas”, acrescentou.
Valverde destacou que, junto com o plantio de árvores destinadas à produção de celulose, como eucaliptos e pinus, são recuperadas também amplas áreas de matas nativas nas regiões exploradas. “Na verdade, quanto mais consumimos papel, mais vamos ajudar na recuperação de áreas degradadas ou sub-utilizadas, já que não precisamos de terras férteis e temos tecnologia para transformá-las áreas de reflorestamento”, explicou.
Apoio institucional
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Criada pela Abigraf Nacional, a Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa é apoiada por várias instituições que representam diferentes segmentos da indústria gráfica (como de embalagem, formulários e etiquetas, entre outros), e dos setores de celulose e papel, livros, revistas, máquinas e insumos, além das áreas de publicidade, propaganda e marketing.
Atualmente, a cadeia produtiva do papel e da comunicação impressa no Brasil é composta por cerca de 83 mil empresas, que empregam juntas 588 mil pessoas, representando um faturamento bruto anual de R$ 85 bilhões. No Paraná, somente a indústria gráfica é composta por cerca de 1,6 mil empresas, que geram 17 mil empregos diretos e têm faturamento de R$ 1,2 bilhão.