Além de debate e reflexão, participantes irão propor soluções para ampliar segurança e concretizar as ideias em maquetes (Foto: Rogério Thedorovy)Um grupo formado por 35 profissionais do setor de construção civil, entre os quais técnicos de saúde e segurança, mestres de obras, engenheiros, encarregados de obras, participam nesta semana do Ateliê de Prevenção de Acidentes e Doenças no Trabalho. O evento é realizado pelo Sinduscon-PR e o Sesi/Senai, em parceria com a Universidade Tecnológica de Compiègne (UTC) e Ministério do Emprego, do Trabalho e da Coesão Social da França. A abertura foi nesta segunda-feira (6), na sede do Sinduscon-PR.
O ateliê que, é inédito no setor da construção civil, resultará em propostas de soluções para reduzir riscos durante a obra. A abertura oficial do evento “É uma iniciativa para atender a uma área fundamental para o desempenho das indústrias, que é a da saúde e segurança no trabalho”, disse o diretor regional do Senai Paraná, João Barreto Lopes, na abertura dos trabalhos, realizada na sede do Sinduscon-PR.
Ele enfatizou a metodologia do ateliê. Além de debate e reflexão sobre diversos aspectos da segurança e saúde no trabalho, os participantes serão orientados a proporem soluções e, no final, concretizarem as ideias em maquetes.
“Eles vão desenvolver projetos que envolvem ações no dia a dia. São os trabalhadores propondo soluções para os problemas, com orientação técnica dos especialistas do Sesi e do Senai e dos nossos parceiros da França”, disse Barreto. As atividades serão conduzidas pelos profissionais do Sesi e do Senai Paraná e pelos especialistas franceses Pierre-Henri Dejean e Jessy Pretto.
Segundo o vice-presidente do Sinduscon-PR, Euclésio Finatti, a previsão é que o ateliê apresente soluções efetivas e práticas para serem aplicadas nas obras. “A expectativa é muito positiva. Temos de ter um trabalho forte na área de saúde e segurança e esse programa vai contribuir muito com esse objetivo”, afirmou.
O presidente da Federação dos Trabalhadores da Construção Civil (Fetraconspar), Geraldo Ramthun, lembrou a questão da segurança no trabalho tem ainda muito a avançar no Brasil. “Ainda não temos um sistema ágil de registro de acidentes e doenças. Isso dificulta a realização de um trabalho efetivo de prevenção”, disse ele. “O trabalho que está sendo realizado nesta semana é importante, principalmente porque envolve diretamente os trabalhadores”, afirmou Ramthun.
Até quarta-feira, as atividades do ateliê acontecem no Sinduscon, com palestras e debates sobre temas como riscos e perigos na construção civil, ergonomia na construção civil, comportamento seguro e visita a canteiros de obras, além da formação de grupos temáticos e início da concepção e elaboração das propostas para ampliar a segurança.
Na quinta e sexta-feira, na etapa de construção de maquetes, as atividades serão desenvolvidas no Senai em São José dos Pinhais. O encerramento será sexta-feira, com a apresentação de todos os projetos e das maquetes, no auditório do Sinduscon, aberto ao público, a partir das 18h30.