Indústria Têxtil e de Confecção planejam estratégia de crescimento

O encontro foi promovido pela Fiep, com o objetivo de identificar demandas do setor e encaminhar as soluções

Empresários e sindicatos da indústria têxtil e de confecções do Paraná reuniram-se na última sexta-feira (03) na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), para o Fórum Setorial, encontro promovido pela Fiep para discutir os entraves e as principais demandas da cadeia produtiva e o planejamento de estratégias para o crescimento.

Desde abril, a Federação já promoveu encontros com mais de dez setores industriais e a previsão é que as reuniões continuem até as vésperas do Congresso da Indústria, que será realizado dias 20 e 21 de junho, em Curitiba. No Congresso, as demandas alinhadas durantes dos fóruns serão debatidas com maior detalhamento.

Além de empresários do setor, participaram do encontro representantes do Sinditêxtil-PR, Sindivest (Curitiba), Sindiveste (Cianorte), Sivepar (Londrina), Sinvespar (Região Sudoeste), Sindwest (Região Oeste), Sinditêxtil (Londrina), além do Sindicato das Alfaiatarias e do Sindicato dos Artefatos de Couro. O segmento de têxtil e vestuário tem posição relevante para a economia do Estado. Gera 88.204 empregos diretos em 5.816 empresas.

Este trabalho é a continuidade dos primeiros Fóruns Setoriais, realizados em 2009, quando os diversos setores produtivos do Estado reuniram-se junto à Fiep para avaliar quais as ações poderiam ser encampadas pela federação para defender os interesses da indústria paranaense, quais ações caberiam ao poder público e o que as próprias empresas, sindicatos e associações poderiam fazer para melhorar esta situação.

Este ano, o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, após ouvir as demandas de cada participante, pediu que os presentes elencassem quais os principais entraves para o crescimento do setor.

Identificou-se então que os problemas mais graves seriam, em ordem de importância: a pesada carga tributária; os altos encargos que incidem sobre a folha de pagamento; a necessidade de mais qualificação profissional; a política cambial vigente e, finalmente, a falta de isonomia tributária entre empresas que já operam no Estado e outras que são atraídas com isenções e facilidades de diversos tipos.

Segundo Rocha Loures, estes são os “pilares da competitividade”, que precisam ser trabalhados para que a indústria têxtil e de confecção do Paraná possa crescer com segurança. Na opinião do presidente do Sinvespar, Cláudio Letreille, a alta carga tributária brasileira e a concorrência dos produtos estrangeiros são as principais ameaças ao desenvolvimento da indústria têxtil e de confecções do Estado. “No Paraguai o custo para manter um funcionário é 40% menor. No mínimo temos que ter condições iguais para enfrentar a concorrência.”, adverte.

Neste sentido, a atuação da Fiep foi fundamental para reverter o efeito de um decreto do governo do Estado, que acabou com o desconto de 75% do ICMS concedido anteriormente. Através da articulação do setor promovido pela federação, o benefício foi estendido até o final de julho e foi formado um grupo de trabalho com técnicos da Fiep e da secretaria da Fazenda para estudar medidas que melhorem a competitividade do setor.

Mão de obra industrial – O Sistema Fiep, que compreende Sesi, Senai, IEL, C2i e Unindus, vem realizando diversas ações de formação e capacitação. Na área da educação profissionalizante, durante os últimos oito anos foram feitas mais de 7 mil matrículas em cursos na área têxtil e de vestuário. Outras ações dizem respeito à criação de um curso de pós-graduação em Moda e Gestão, cursos de aprendizagem para jovens de 16 a 22 anos, cursos gratuitos de Costureiras para a Comunidade, o Programa de Gestão Avançada (PGA) voltado aos gestores das empresas que necessitam de noções de marketing, gestão de pessoas, gestão financeira, entre outros conteúdos, entre outras ações.

Sistema Fiep - Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná
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