Empresários da construção e Fiep discutem demandas do setor

Desoneração tributária e combate à informalidade são as principais reivindicações apresentadas no Fórum Setorial promovido pela Fiep, terça-feira

Empresários e sindicatos do setor da construção reuniram-se terça-feira (7) na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), para discutir as demandas e os desafios do setor, que está superaquecido em todo o país. O encontro fez parte da programação dos Fóruns Setoriais que a Fiep promove desde abril, para avaliar de que forma a federação, o poder público e os sindicatos podem melhorar as condições de produção e alavancar o crescimento de cada setor industrial.
Participaram do fórum de terça-feira empresários do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR), do Sinduscon do Norte, do Noroeste e do Oeste e o Sindicato das Empresas de Eletricidade, Gás, Obras e Serviços do Estado do Paraná (Sineltepar).
O presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, explica que os Fóruns Setoriais são etapas que antecedem o Congresso Paranaense da Indústria, que acontece dias 21 e 22 de junho, em Curitiba, quando os as demandas do setor serão tratados de maneira mais pontual.
Rocha Loures destacou a importância do setor para a economia paranaense e citou as políticas públicas, o sistema de representatividade empresarial e o dia-a-dia de cada empresa como desafios a serem encarados pelas indústrias.  “Devemos estar unidos na visão, na ação e no propósito para melhorarmos a sinergia entre a Fiep e os sindicatos e isso será feito no Congresso da Indústria”, explicou Rocha Loures.
Os fóruns setoriais que acontecem neste ano dão continuidade ao trabalho realizado em 2009, quando a Fiep ouviu as  demandas e as dificuldades de cada setor.
Em 2011, os principais entraves levantados pelos empresários da construção referem-se à mão de obra qualificada, a alta carga fiscal e tributária, o trabalho informal e a falta de uma gestão pública profissional. “Precisamos de mais participação das entidades de classe, sindicatos e associações”, disse Normando Antonio Baú, presidente do Sinduscon – PR.
Mercado aquecido – Com a ascensão de milhares de brasileiros à classe C, o Brasil vive um momento de expansão do mercado imobiliário e da construção civil. Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), o número de empregos na construção civil no país chegou a mais de 2,5 milhões de pessoas em 2010 e, no Paraná, mais de 140 mil pessoas foram empregadas pelo setor.
“São mais de 170 mil empresas que trabalham na área no Brasil e mais de 15 mil no Estado”, informa Evânio Felippe, economista da Fiep. “Na área da construção civil a demanda por técnicos vai crescer bastante. Com novas tecnologias, o setor vai demandar profissionais mais bem preparados e o Senai está capacitando esta mão de obra”, lembrou Rocha Loures.
Educação e mão de obra – Para atender algumas demandas da construção civil, o Sistema Fiep oferece, através do Senai Paraná, cursos profissionalizantes na área de obras e edificações, treinamentos de segurança para operadores de máquinas, aplicação de revestimentos cerâmicos, atualização para mestre de obras, curso de operador de elevador de obras e vários outros produtos e serviços nas áreas de tecnologia e educação profissional.
Outras casas do Sistema Fiep, como o Sesi Paraná, o Centro Internacional de Inovação (C2i) e a Unindus também disponibilizam diversos atendimentos em inovação, responsabilidade social, saúde e segurança no trabalho, pesquisas e análises e relacionamento com sindicatos.

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