Gilséia Baraniuk, especialista em desenvolvimento local e articuladora da Rede de Participação Política (RPP), iniciativa apartidária da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), apresentou segunda-feira (29), no Global Forum America Latina, a metodologia de indução ao desenvolvimento local que é fomentada no Estado.
Gilséia falou sobre os passos que compõem a implantação das Redes de Desenvolvimento Local, proposta estimulada pela RPP em nove municípios do Paraná. Composto de oito etapas, a iniciativa trabalha com um horizonte estratégico para o desenvolvimento de determinada região ao longo de 10 anos. De acordo com a articuladora, uma das principais características das Redes de Desenvolvimento Local é a construção coletiva dos objetivos e das ações para se alcançar uma localidade inovadora.
No total, são 38 Redes de Desenvolvimento no Paraná e milhares de ações já realizadas pelas comunidades que estão conseguindo suprir suas necessidades, em determinadas situações, com o apoio do poder público local e de empresários. “A implantação do programa das Redes de Desenvolvimento Local tem partido de comunidades que nos procuram e querem começar a melhorar suas localidades. A partir daí, passamos a instrumentalizar a metodologia de acordo com as características do lugar”, explica Gilseia.
Entre os encontros para implantação da proposta está a realização do Seminário Visão de Futuro, o levantamento dos ativos e necessidades da localidade e o planejamento das ações pelos moradores.
Durante a palestra foram apresentados também depoimentos de moradores do interior do Paraná que já implantam Redes de Desenvolvimento. Um dos exemplos é o Parque das Indústrias Leves, em Londrina, que vem sendo asfaltado depois de uma parceria feita entre o poder público e a iniciativa privada, com a participação de 35 empresas do bairro. O presidente da Associação dos Empresários do Parque das Indústrias Leves (Aepil), Ary Sudan, destacou que as propostas para melhorar a localidade só estão ocorrendo graças à sistematização das ideias e envolvimento da população na realização das ações por meio da Rede de Desenvolvimento Local.
O GFAL 2011 tem como propósito colocar em questão os modelos vigentes de gestão tendo em vista os imperativos do desenvolvimento sustentável. As discussões são divididas em três eixos temáticos: Sociedade Inovadora: tecnologia, gestão e cultura; Design Thinking: atitude, método e co-criação; e Educação na sustentabilidade: modelos, competências e habilidades.
Nesta edição, o GFAL acontece de forma virtual, com todo o conteúdo transmitido pela web. O evento discute como a gestão deve inovar para responder aos desafios da sustentabilidade. A conferência é uma iniciativa do Sistema Fiep, através de sua Universidade Corporativa, a Unindus, em parceria com a universidade americana Case Western Reserve University, de Cleveland.
Confira na íntegra a palestra e obtenha mais informações no site do Global Fórum.