Com objetivo de fortalecer a atuação institucional do setor produtivo e defender a competitividade das empresas do Estado, a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), promoveram nesta terça-feira (13) em Curitiba e quarta-feira (14) em Maringá, a palestra “Defesa de interesses e competitividade: o papel das entidades de representação”.
A iniciativa faz parte do programa de Desenvolvimento do Associativismo (PDA), desenvolvido a partir de 2007 pela CNI, com o objetivo de sensibilizar e atrair os empresários para as atividades nos sindicatos industriais ligados às federações nos Estados.
Na ocasião, o consultor da CNI e vice presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Oscar Rache Ferreira, discorreu sobre a importância das empresas se associarem aos sindicatos e estes às federações para defender uma agenda para a competitividade. Segundo Rache, a indústria não é uma ilha, está inserida em um ambiente de negócios formado pelo mercado, pela legislação vigente, e outros fatores externos que influenciam diretamente na competitividade das empresas.
Para Rache, é neste ambiente que devem atuar as entidades de representação, fazendo pressão junto aos governos, encampando campanhas com a sociedade e levantando as bandeiras necessárias para o desenvolvimento do setor produtivo. “Quando você defende os interesses da indústria você defende os interesses do Brasil.”, afirma o consultor.
Para o empresário Reinaldo Crestani, do Sindicato das Empresas de Reparação de Veículos do Estado do Paraná (Sindirepa-PR), o associativismo é um importante instrumento para defesa dos interesses das pequenas empresas. “Quando estamos amparados por um sindicato, uma federação, fica muito mais fácil.”, avalia.
Como exemplo, Crestani cita a realização dos Fóruns Setoriais, promovidos pela Fiep em 2009 e 2011, onde representantes de cada setor se reúnem para discutir as medidas que devem ser encampadas pela federação para aumentar a competitividade das empresas. Ele lembra que em 2009 foi requisitado a defesa da ampliação dos limites do regime Simples de tributação, tema que foi defendido pela Fiep e pela CNI junto ao governo federal, e que obteve o resultado esperado. “Nós empresários pequenos nunca iriamos conseguir levar este pleito para a presidência.”, avalia.