Em protesto contra cenário político e econômico, comerciantes fecham as portas em Curitiba

Manifestação organizada pela Associação Comercial teve apoio da Fiep e contou com a presença do presidente da entidade, Edson Campagnolo

Em manifestação no calçadão da Rua XV de Novembro, principal polo comercial do Centro de Curitiba, centenas de lojistas fecharam as portas de seus estabelecimentos no fim da tarde desta quarta-feira (13) em protesto contra a atual situação econômica e política do país. O movimento “O Paraná diz basta foi organizado pela Associação Comercial do Paraná (ACP) com apoio de diversas outras entidades, incluindo a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).

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O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, que participou do ato cívico realizado durante a manifestação em frente à sede da ACP, afirmou que o movimento é mais uma mostra de que o setor produtivo e a população exigem mudanças nos rumos do país. “Esta é mais uma prova da insatisfação da sociedade com tudo o que está acontecendo de ruim no país, na economia, na política, na corrupção. Hoje o comércio dá essa demonstração, mas é um sentimento de boa parte da população”, disse. Ele ressaltou também que em diversas unidades do Sistema Fiep em todo o Paraná, colaboradores da entidade também aderiram ao movimento e cruzaram os braços durante meia hora.

Campagnolo destacou ainda que a população deve se manter mobilizada até domingo (17), quando o Congresso Nacional vai votar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Neste momento, o Brasil precisa ser passado a limpo, por isso estaremos em vigília no próximo domingo, esperando que o desfecho do processo de impeachment seja aquele esperado pela sociedade e que o Brasil volte a avançar”, afirmou. No domingo, a principal manifestação pública em favor do impeachment em Curitiba ocorrerá na Praça Santos Andrade, onde telões serão instalados para que a população acompanhe a votação do impeachment.

O presidente da ACP, Antonio Miguel Espolador Neto, declarou que a paralisação desta quarta demonstrou “a insatisfação do empresariado como um todo e também dos funcionários, que estão sofrendo com o fechamento das empresas e com o desemprego no país”. Ele disse também que, com o ato cívico, a ACP e entidades apoiadoras “exigem respostas das instituições em defesa da democracia, liberdade e paz social”.

Segundo a ACP cerca de 300 estabelecimentos comerciais mantiveram suas portas fechadas das 17h às 17h30, apenas na Rua XV de Novembro. Durante esse período, aproximadamente 800 pessoas, entre representantes de entidades do setor produtivo paranaense, empresários, integrantes do movimento “Mais Brasil, eu acredito!” e funcionários das lojas fizeram um apitaço, carregando faixas e bandeiras do Brasil, em caminhada até a Boca Maldita.

Em toda a cidade de Curitiba e na região metropolitana, a ACP estima que mais de mil lojistas fecharam as portas de seus estabelecimentos comerciais durante a manifestação. O movimento teve apoio ainda da Faep, Fecomércio, Sinduscon, Faciap, Fetranspar, Aciap, IDL e Movimento Pró-Paraná.

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