A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) reiterou nesta terça-feira (22), durante o “Fórum Plano Emergencial para o Futuro da Infraestrutura no Brasil”, seu posicionamento contrário à renovação dos atuais contratos de concessões das rodovias do Anel de Integração do Estado. A entidade reforçou que não é contrária à cobrança de pedágios e à administração das estradas pela iniciativa privada, principalmente pela incapacidade de investimento do setor público, mas defende a implantação de um novo modelo de concessões no país. O evento foi realizado em Curitiba pelo jornal Gazeta do Povo, com apoio da empresa CCR.
A Fiep foi representada no fórum pelo consultor de seu Conselho Temático de Infraestrutura, João Arthur Mohr. Ele citou que, nos cinco anos que ainda restam dos atuais contratos do Anel de Integração, as empresas têm mais obras a realizar do que fizeram em todos os 20 anos de concessão que já se passaram. E defendeu que, desde já, a sociedade paranaense comece a discutir novas licitações para as rodovias, baseadas em um modelo de concessão em que haja equilíbrio entre os investimentos das empresas nas estradas e as tarifas cobradas dos usuários.
O representante da Fiep afirmou ainda que uma nova licitação não impede que as empresas que hoje administram o Anel de Integração – cujos contratos vencem em novembro de 2021 – voltem a pleitear as concessões. Porém, para isso deverão participar de novos processos licitatórios transparentes e justos. Para a Fiep, está claro que esse é o desejo da população paranaense, o que tem sido demonstrado nas audiências públicas que a Frente Parlamentar Contra a Prorrogação dos Contratos do Pedágio vem promovendo em todas as regiões do Estado.