
Soluções tecnológicas para combate à corrosão, sensores eletroquímicos para uso em saúde, controle de processo e meio ambiente, acumuladores de energia que permitem o desenvolvimento de baterias com maior capacidade e vida útil, tintas automotivas cicatrizantes, que se regeneram duas horas após o risco, tintas inteligentes inibidoras de corrosão, tintas com propriedades hidrofóbicas e oleofóbicas que promovem propriedades autolimpantes, encapsulamento de aromas para tecidos. Estes foram alguns avanços tecnológicos conhecidos por um grupo de industriais de todo o Brasil que visitou, no dia 8 de março, o Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica, que integra o Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), sediado no Campus da Indústria, em Curitiba.
A imersão foi idealizada pela Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O objetivo da missão foi apresentar o que já há disponível em resultados de pesquisa e oferecer parcerias para o desenvolvimento de novos projetos com o objetivo de levar a inovação à indústria como forma de buscar ganhos de competitividade.
Ao longo da semana, o grupo visitou oito Institutos Senai de Inovação em vários estados brasileiros. As visitas foram organizadas pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL). “O ISI Eletroquímica foi o primeiro a se tornar operacional em todo o Brasil e nos espelhamos no seu modelo e em suas boas práticas para levar aos demais”, disse Marcelo Prim, gerente executivo de tecnologia e inovação do Senai Nacional, que acompanhou a comitiva de empresários.
Entre os empresários que visitaram o ISI estavam representantes de indústrias de destaque, como Embraer, Coteminas, Avon, Grendene, Beckhauser, Companhia Siderúrgica do Pecém, Flexibrás, entre outras. O grupo foi recebido pelo gerente de inovação do Sistema Fiep, Luiz Carlos Ferracin. “Nosso PIB está despencando. Nós não podemos ficar esperando o governo resolver as coisas. Se não nos apropriarmos da inovação, não vamos mudar nosso dia a dia. É preciso quebrar paradigmas e resolver as coisas de forma rápida e barata e isso se faz por meio da inovação”, disse Ferracin, colocando a estrutura, o corpo técnico e as pesquisas do ISI Eletroquímica à disposição dos presentes.
Ferracin apresentou o case da indústria paranaense Boticário, desenvolvido em parceria com o ISI. Por meio da adaptação de técnicas eletroquímicas em corrosão, foi possível identificar respostas em uma pele artificial frente aos cosméticos, dispensando o uso de animais nas experimentações. Além disso, o gerente do ISI falou sobre as possibilidades de utilização de tecnologias já desenvolvidas e outras que podem surgir a partir de demandas das indústrias.
Confira o depoimento de alguns dos visitantes:
“Fiquei muito impressionada com a qualidade do corpo técnico do ISI e com a aproximação com as universidades. Saio daqui com a certeza de que poderemos pensar em projetos de inovação em parceria. Tinha o Senai como referência na área de educação profissional, mas não conhecia o trabalho na área de inovação. Este trabalho certamente pode trazer muitos benefícios para as indústrias”. Cristiane Miyazato, gerente global de inovação da Avon.
“A visita foi surpreendente. Estou impressionado com as estruturas dos Institutos Senai de Inovação, que não conhecia. Aqui no ISI Eletroquímica já identificamos a possibilidade de uso da nanotecnologia para desenvolver um tecido inteligente com propriedades hidrofóbicas e oleofóbicas. Antes do ISI já era fã do Senai por sua atuação na formação e qualificação profissional. Agora sou mais fã ainda.” João Batista Gomes Lima, vice-presidente da Coteminas.
“Saber que podemos contar com a parceria do Senai nos fortalece. É importante saber que não precisamos inovar sozinhos, mas em parceria. Estamos vendo várias oportunidades aqui para levar à nossa indústria e torná-la mais competitiva.” José Rocha Gomes Filho, gerente de inovação industrial da Grendene S/A.
“Estou bastante impressionada com a estrutura e com a qualidade do corpo técnico dos Institutos Senai de Inovação. Sabendo que podemos contar com a parceria do ISI podemos avançar em projetos de longo prazo.”, Mariana Beckheuser, vice-presidente executiva da Beckhauser.
“O Senai tem a competência e nós podemos ajudar buscando recursos não reembolsáveis para custear os projetos de pesquisa. Tem muita coisa que pode ser feita. Os empresários não conhecem esta estrutura e precisam conhecer.” José Luis Gordon – Embrapi – Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação.