Projeto sobre a importância do uso de EPI é o vencedor do Hackathon Sesi

Equipe 3 desenvolveu aplicativo que identifica se trabalhador utiliza todos os equipamentos essenciais para segurança

Após 36 horas ininterruptas de competição, os jurados do Hackathon Sesi elegeram o principal protótipo dentre as tecnologias apresentadas. O vencedor foi um aplicativo que focou na importância da utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI).  A equipe reforçou que faltam ações preventivas nas indústrias, por isso desenvolveu um app que identifica se o trabalhador está sem a utilização de algum dispositivo de segurança essencial para o ambiente laboral. Ainda, o trabalhador pode solicitar, pelo app, auxílio caso seja vítima de um acidente de trabalho. A plataforma, dessa forma, serve para coleta de dados, aumento da produtividade e aproximação entre empresa e trabalhador.

Para João Pedro Novochadlo, um dos integrantes da equipe vencedora, o resultado foi uma surpresa. “Confiamos muito em nosso trabalho, mas em um cenário de tantos projetos bons, o resultado sempre é inesperado”, comemora. Agora, a equipe vai procurar, junto ao Sesi, apoio para que o protótipo seja colocado em prática.

O grupo de jurados era composto por Rosângela Fricke, gerente de Segurança e Saúde para a Indústria do Sesi no Paraná, Valéria Rocha, juíza do trabalho, Álvaro Amarantes, da agência de inovação da PUCPR e Antônio Muzzi, gerente de promoção da saúde do Diretório Nacional do Sesi. Eles elegeram o melhor projeto de acordo com os seguintes critérios: impacto, viabilidade da implementação, inovação para o mercado, qualidade do produto, criatividade da ideia e aplicação na indústria, sendo este último o critério com maior peso.

Para Edson Campagnolo, presidente da Sistema Fiep, os projetos elaborados em tão pouco tempo mostram o potencial criativo dos profissionais que hoje trabalham para soluções em SSI. “É muito importante o olhar para a pessoa que está atrás das máquinas. Os projetos apresentados focaram na longevidade, para que os trabalhadores, quando mais velhos, tenha tido uma vida laboral produtiva não apenas para a empresa, mas principalmente para eles mesmos”, destacou.

Confira os outros projetos apresentados na tarde deste domingo

Equipe 1 – Acidentes de trabalho geram custos para a empresa. Esse é o problema que a equipe apresentou. Para isso, criaram um dispositivo que identifica o movimento ergonômico errado do trabalhador. A análise da imagem vai para a nuvem e os resultados servem de análise para o Sesi. A ideia é que as medições remotas dos postos de trabalho, assim como as avaliações e diagnósticos à distância, aumentem a produtividade dos trabalhadores.

Equipe 2 –Focou nos sinais precoces de riscos com a criação do app Proviver. Com ele, é possível fazer uma coleta de dados que o trabalhador fornece de forma anônima. Esse processo agilizaria a produção de um diagnóstico que já existe, mas que é realizado somente de seis em seis meses.

Equipe 4 – A ideia é de um app chamado iNutri que determina um fluxo para nutricionistas, trabalhadores e gestores de forma a fazer um acompanhamento remoto da vida alimentar do trabalhador. A automação desse fluxo iria fomentar a competitividade e colaboração entre as áreas.

Equipe 5 (segundo lugar) –  Integrantes criaram um app que libera ou proíbe o acesso do trabalhador no ambiente laboral de acordo com o uso de EPIs. Com isso, eles esperam que as empresas diminuam os gastos com indenizações ou processos trabalhistas. O software funciona com um sensor que emite um alerta.

Equipe 6 – A equipe apresentou um Game em RPG que elenca os exames obrigatórios que os trabalhadores devem fazer. Com o cronograma obrigatório apresentado pela indústria, o trabalhador ganha pontos a cada vez que realiza um deles.

Equipe 7 (Terceiro lugar) -A equipe trouxe indicadores de 2016 para criar um software de inteligência que identifica se o trabalhador está com alguma situação ergonômica inadequada, falta de EPI ou próximo a alguma de estrutura que indique perigo. A notificação é em tempo real.

Equipe 8 –A equipe apresentou plataforma que armazena dados que muitas vezes são perdidos pelas empresas quando coletados . A ideia é automatizar os dados para personalizar os serviços para a indústria. Esses dados processados e analisados servem para melhor administração dos serviços de SSI. Os benefícios são para o Sesi, que pode sugerir programas da área; para a indústria, com o controle remoto das ocorrências e para o trabalhador, que fica com melhores condições de trabalho.

William Saab

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