As vendas industriais no Paraná cresceram 1,52% em fevereiro, na comparação com o mês anterior. No entanto, o valor é 8,69% abaixo do nível registrado no mesmo período de 2016. O setor que mais aumentou suas vendas foi a indústria do vestuário, com um salto sazonal de 149,72% na comercialização em relação a janeiro. Os dados são da pesquisa Indicadores Conjunturais, uma compilação da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).
O nível de vendas dos dois primeiros meses mostrou um retrocesso na performance industrial. “Os dados equivalem ao que fora registrado no mesmo período de 2003. Ou seja, há um retrocesso de 14 anos”, afirma o economista e gerente de Economia, Desenvolvimento e Fomento da Fiep, Marcelo Percicotti.
Apesar do aumento nas vendas industriais, quase um terço da capacidade produtiva ficou ociosa, em fevereiro, apenas 68% da capacidade de produção das indústrias foi utilizada.
Os dados mostram redução nas vendas no mercado paranaense e no mercado interno, mas aumento de 17,61% no mercado internacional. Apesar do no comércio exterior, o valor é 14,70% menor do que o movimentado no mesmo período de 2016.
Retração
Os setores que registraram as maiores quedas foram “Couros e Calçados”, com uma retração de 26,19%. “Produtos de Metal” também teve uma redução nas vendas de 14,96%. E “Produtos Químicos” apresentou uma diminuição no faturamento de 13,27%.
Aquisições de insumos
A compra de materiais para a produção industrial caiu 7,7% no primeiro bimestre. Os itens comprados de fornecedores paranaenses para serem industrializados tiveram uma redução de 10,22%. As matérias-primas que vinham de outros Estados também diminuíram 8,59%. Os componentes importados apresentaram a maior redução, de 18,97%.
Emprego
Os empregos ligados à indústria na área administrativa e de produção diminuíram 8,12%, na comparação do primeiro bimestre de 2017 com 2016.
O aumento em emprego, em fevereiro, ocorreu na indústria de Borracha e Plásticos, com um acréscimo de 3,75%. O setor de Celulose e Papel também registrou alta de 2,36%.
Por outro lado, as maiores quedas no nível de emprego foram nas indústrias de Vestuário e Alimentos e Bebidas, com uma queda de 5,06 e 4,5% respectivamente.
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