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Internacionalizar como processo da retomada de crescimento, este foi o tom da abertura do IV Seminário O Comércio Exterior e a Indústria, realizado pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), por meio de seu Centro Internacional de Negócios (CIN-PR), que aconteceu nesta quinta-feira, 27 de abril, em Curitiba. Mais de 100 pessoas participaram do evento.
O vice-presidente da Fiep, Paulo Pupo, abriu o evento falando da necessidade de encontros e seminários para trazer informações estratégicas sobre o comércio exterior. “Neste momento que estamos passando, de recessão, como vamos resgatar o consumo e a volta de investimentos?”, questionou.
Para ele, “os 3 pilares para voltarmos a crescer são a reforma tributária, investimentos em infraestrutura e o comércio exterior”, afirmou. Pupo acrescentou ainda a importância de mecanismos facilitadores para que, de fato, as exportações aconteçam e citou como exemplos de ferramentas que ajudam na diminuição das barreiras, como os acordos bilaterais e o reconhecimento mútuo.
O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, falou das mudanças pelas quais o país está passando e que devem melhorar o ambiente de negócios. Além disso, o presidente encorajou os industriais no processo de internacionalização. “A Fiep, através do CIN, se coloca à disposição das indústrias na prospecção de novos mercados. Quero estimular vocês para a busca de soluções para que, neste momento de crise, possamos ter um ambiente de negócios melhor.”
Facilidade na operação
A primeira palestra do seminário foi feita pelo auditor fiscal da Receita Federal do Brasil, Neander Pereira. Ele falou sobre o Programa Brasileiro do Operador Econômico Autorizado, conhecido pela sigla OEA, um facilitador para a operação de exportação que certifica operadores e facilita procedimentos aduaneiros no país e no exterior. Uma dessas facilitações é o reconhecimento mútuo para os operadores credenciados, que dá um tratamento prioritário e aumenta a previsibilidade jurídica no processo de exportação.
O futuro da indústria
O gerente de Customers Solutions da Festo, José Folha Mós Neto, apresentou soluções da indústria alemã, que envolvem produtos e serviços para controle e automação industrial por meio de pneumáticos e eletroeletrônicos.
Perspectivas
As medidas protecionistas do governo Trump, a saída do Reino Unido da União Europeia, a adesão da China ao sistema financeiro internacional, o ano eleitoral de 2018, essas foram algumas das variáveis discutidas pela economista e coordenadora do curso de Relações Internacionais da Unicuritiba, Patricia Tendolini Oliveira. De acordo com a professora, ainda é muito cedo para dizer quais serão os desfechos das decisões políticas e de política econômica sobre o ambiente de negócios.
País vizinho
O cônsul geral da Argentina em Curitiba, Pedro Marotta, falou das relações comerciais entre o Brasil e seu país de origem. Alertou aos participantes que a “competitividade da indústria é testada no comércio exterior”. O cônsul falou dos esforços do governo Macri para aumentar o intercâmbio comercial entre os dois países, que são, historicamente, parceiros comerciais. “O Paraná, especialmente, é um parceiro de primeira hora. Tanto para importações como para exportações é o segundo parceiro comercial do Paraná”, disse Marotta.