Depois de permanecer quatro meses otimista, o industrial paranaense mostrou-se pessimista em maio, de acordo com a pesquisa ICIT-PR (Índice de Confiança da Indústria de Transformação), realizada pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). A redução foi de 3,7%, situando-se em 49,2 pontos. O Índice de Confiança avalia as condições da economia e da empresa. Quando o índice se situa acima de 50 pontos representa otimismo e abaixo disso, pessimismo.
“Nos quatro primeiros meses deste ano o empresário da indústria de transformação do Paraná permaneceu otimista principalmente pela grande expectativa em relação às reformas e à promessa de corte dos gastos públicos”, afirma Roberto Zurcher, economista da Fiep. “Com o tempo, o industrial percebeu que as reformas não serão tão rápidas e que os gastos públicos não estão sendo contidos, como era a expectativa, o que deve retardar ainda mais a retomada do crescimento, por isso o pessimismo”, observa o economista.
Ele esclarece que a pesquisa foi realizada antes dos últimos acontecimentos no cenário político, o que leva a crer que o índice pode cair ainda mais nos próximos meses. Apesar da queda em relação aos últimos meses, o Índice de Confiança de maio deste ano está 11,5 pontos acima em comparação ao mesmo mês do ano passado e 6,6 pontos acima em relação ao índice histórico.
Otimismo na construção
Na indústria da construção, a pesquisa revelou otimismo com o índice crescendo 1,9% em maio, em comparação a abril, situando-se em 55,8 pontos. Em comparação a maio de 2016, a confiança do industrial da construção civil cresceu 17,1 pontos, mas ficou 1 ponto abaixo do nível histórico.
“Alguns fatores estão influenciando positivamente o ânimo do industrial da construção, entre eles as grandes obras de recuperação e ampliação de rodovias, a ampliação das linhas de crédito e a redução das taxas de juros para os financiamentos imobiliários e ainda a terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal”, conclui o economista.