Fiep representa setor produtivo em comitê que discute soluções para paralisação de caminhoneiros

Entidade participou de reunião nesta quinta (25) em que ficou definido que caminhões de cargas especiais poderão transitar pelas estradas do Paraná

Secretário chefe da Casa Militar, coronel Mauricio Tortato, se reúne com lideranças do movimento grevista dos caminhoneiros.
Curitiba, 24/05/2018
Foto: Ricardo Almeida / ANPr

A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) representa o setor produtivo do Estado no grupo de trabalho criado com o objetivo de buscar soluções para as dificuldades geradas pela manifestação dos caminhoneiros, que desde a última segunda-feira (21) compromete o transporte de cargas em todo o país e causa grande impacto para as empresas e a população. Nesta quinta (24), após reunião com a participação de representantes do governo estadual e manifestantes, ficou definido que caminhões de cargas especiais, que estejam com um adesivo de identificação da Defesa Civil, poderão transitar pelas estradas do Paraná.

O acordo abrange as seguintes cargas: insumos hospitalares, produtos químicos, ração animal, alimentos para hospitais e penitenciárias, combustível para os serviços de segurança e de urgência e emergência, além de cargas vivas. O gerente dos Conselhos Temáticos e Setoriais da Fiep, João Arthur Mohr, que representou a entidade na reunião, destacou que o resultado foi positivo, principalmente para garantir a circulação de produtos básicos. “Houve um consenso pela liberação dessas cargas escolhidas. É importante assegurar a passagem de cargas vivas e rações para a cadeia produtiva de animais para que não tenhamos maiores implicações, até mesmo ambientais e sanitárias ”, disse.

O coordenador-executivo da Defesa Civil, major Antônio Hiller, afirmou que o acordo é uma medida preventiva, adotada para que não haja comprometimento do abastecimento de insumos essenciais para a segurança e a saúde da população paranaense. “Os caminhões que farão o transporte dos itens serão identificados e os motoristas orientados a se identificar nos bloqueios. Eles também devem liberar a verificação dos produtos caso seja necessário. Queremos que tudo ocorra de maneira amigável, como foi o encontro com as lideranças”, declarou.

O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros do Paraná, Plínio Dias, pediu a ajuda de todos os manifestantes para que seja cumprido o acordo e disse que vai unir esforços para que esses caminhões circulem pelas rodovias do Paraná. “Queremos manter a ordem, sem violência, não queremos prejudicar ninguém e as cargas prioritárias serão escoltadas conforme combinado durante a reunião”, afirmou. “Esse encontro foi muito importante porque nós lideranças das paralisações queremos ser atendidos, mas também devemos olhar para o outro lado da situação”, afirmou.

Os representantes do sindicato que coordena a paralisação de caminhoneiros nas estradas paranaenses gravaram um vídeo com orientações aos colegas que participam da mobilização orientando para que todos colaborem na liberação dos veículos com as cargas essenciais. O material está sendo divulgado nas redes sociais e pela rede Whatsapp do movimento.

Grupo de trabalho
A negociação foi uma das primeiras atividades do grupo de trabalho instituído pela governadora Cida Borghetti para tratar de assuntos relacionados o funcionamento de serviços essenciais durante o movimento de paralisação dos caminhoneiros. Segundo o major Antônio Hiller, as ações estão sendo integradas no Centro de Gerenciamento de Riscos e Desastres. “Estamos trabalhando para que as informações não fiquem dispersas. Por isso, integramos as prioridades e as estratégias e estamos compartilhando em tempo real com todos os interessados”, afirmou.

Com informações da Agência Estadual de Notícias

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