A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) representa o setor produtivo do Estado no grupo de trabalho criado com o objetivo de buscar soluções para as dificuldades geradas pela manifestação dos caminhoneiros, que desde a última segunda-feira (21) compromete o transporte de cargas em todo o país e causa grande impacto para as empresas e a população. Nesta quinta (24), após reunião com a participação de representantes do governo estadual e manifestantes, ficou definido que caminhões de cargas especiais, que estejam com um adesivo de identificação da Defesa Civil, poderão transitar pelas estradas do Paraná.
O acordo abrange as seguintes cargas: insumos hospitalares, produtos químicos, ração animal, alimentos para hospitais e penitenciárias, combustível para os serviços de segurança e de urgência e emergência, além de cargas vivas. O gerente dos Conselhos Temáticos e Setoriais da Fiep, João Arthur Mohr, que representou a entidade na reunião, destacou que o resultado foi positivo, principalmente para garantir a circulação de produtos básicos. “Houve um consenso pela liberação dessas cargas escolhidas. É importante assegurar a passagem de cargas vivas e rações para a cadeia produtiva de animais para que não tenhamos maiores implicações, até mesmo ambientais e sanitárias ”, disse.
O coordenador-executivo da Defesa Civil, major Antônio Hiller, afirmou que o acordo é uma medida preventiva, adotada para que não haja comprometimento do abastecimento de insumos essenciais para a segurança e a saúde da população paranaense. “Os caminhões que farão o transporte dos itens serão identificados e os motoristas orientados a se identificar nos bloqueios. Eles também devem liberar a verificação dos produtos caso seja necessário. Queremos que tudo ocorra de maneira amigável, como foi o encontro com as lideranças”, declarou.
O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros do Paraná, Plínio Dias, pediu a ajuda de todos os manifestantes para que seja cumprido o acordo e disse que vai unir esforços para que esses caminhões circulem pelas rodovias do Paraná. “Queremos manter a ordem, sem violência, não queremos prejudicar ninguém e as cargas prioritárias serão escoltadas conforme combinado durante a reunião”, afirmou. “Esse encontro foi muito importante porque nós lideranças das paralisações queremos ser atendidos, mas também devemos olhar para o outro lado da situação”, afirmou.
Os representantes do sindicato que coordena a paralisação de caminhoneiros nas estradas paranaenses gravaram um vídeo com orientações aos colegas que participam da mobilização orientando para que todos colaborem na liberação dos veículos com as cargas essenciais. O material está sendo divulgado nas redes sociais e pela rede Whatsapp do movimento.
Grupo de trabalho
A negociação foi uma das primeiras atividades do grupo de trabalho instituído pela governadora Cida Borghetti para tratar de assuntos relacionados o funcionamento de serviços essenciais durante o movimento de paralisação dos caminhoneiros. Segundo o major Antônio Hiller, as ações estão sendo integradas no Centro de Gerenciamento de Riscos e Desastres. “Estamos trabalhando para que as informações não fiquem dispersas. Por isso, integramos as prioridades e as estratégias e estamos compartilhando em tempo real com todos os interessados”, afirmou.
Com informações da Agência Estadual de Notícias