Metade da força de trabalho brasileira terá mais de 50 anos até 2040 e indústrias devem estar atentas a esta mudança geracional

O Sistema Fiep, por meio do Sesi no Paraná, promove iniciativa inédita de rotas estratégicas em longevidade

A sociedade está passando por mudanças demográficas, sociais, culturais e tecnológicas diretamente ligadas ao tema da longevidade. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), metade da força de trabalho do Brasil terá mais de 50 anos até 2040. “A valorização e o respeito aos conhecimentos e experiências de distintas gerações são estratégicos para os modelos de negócios atuais”, analisa Maria Cristhina de Souza Rocha, gerente de Projetos Estratégicos do Sistema Fiep.

O Sistema Fiep, com a execução do Centro de Inovação Sesi Longevidade e Produtividade e parceria técnica do Observatório Sistema Fiep, realizou a Rota da Longevidade, encontro que reuniu representantes de empresas e especialistas na área para desenvolver uma agenda específica, com caminhos estratégicos para a indústria. “Neste painel, o Sesi no Paraná se propõe a traçar objetivos comuns com as empresas e consultores especialistas, de forma que tenhamos um norte elaborado coletivamente, que auxilie a todos no reforço da importância e na implementação de ações em prol da longevidade”, explica Maria Cristhina.

Para Noélly Mercer, coordenadora do Centro de Inovação Sesi Longevidade e Produtividade, além da questão de inclusão, há um ganho muito positivo para as indústrias em termos de competitividade: “Entendemos que um ambiente de trabalho multigeracional proporciona um ganho em produtividade, criatividade e inovação”.

Egídio Lima Dorea, diretor de desenvolvimento institucional do Centro Internacional de Longevidade Brasil e coordenador da USP Aberta à Terceira Idade (UATI) foi um dos especialistas participantes do evento e comentou a importância de reunir pessoas e empresas neste debate. “Nós estamos vivendo uma revolução no ponto de vista da longevidade em diversos aspectos e vários conceitos pré-estabelecidos estão sendo rompidos. Precisamos ressignificar o envelhecer, através de um envelhecimento saudável e ativo, com um indivíduo participativo, engajado, com boa saúde financeira, física e mental”, aponta.

A gerente do Observatório Sistema Fiep, Marília de Souza, explica que essa estratégia, visando à longevidade dos trabalhadores, será unificada às propostas para a diversidade nas empresas, tema que foi abordado em encontro anterior. “A Rota Estratégica da Diversidade e Longevidade 2035 poderá ser utilizada por todas as organizações, para que tenham elementos que ajudem nos seus planejamentos, considerando essas duas dimensões que irão impactar trabalhadores e empresas” esclarece.

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