Fechada desde o dia 17 de março, quando teve início a quarentena em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), parecia que a cozinha industrial do programa Panificadora da Família ainda demoraria muito tempo para ser reaberta. No entanto, o espaço voltou à atividade no final de maio produzindo mais de 1200 pães por semana, mesmo com sua capacidade reduzida. E o que é melhor: toda a produção está sendo destinada a instituições de caridade, sem qualquer custo.
“Por meio de uma parceria entre o Senai e a Prefeitura de Araucária, uma professora da instituição está ministrando curso de aperfeiçoamento profissional em panificação para pequenas turmas, de somente quatro alunos por vez, e todos os pães produzidos são distribuídos para pessoas que têm maior necessidade, por meio dos equipamentos de assistência social da rede municipal”, explica Stephanie Freires Bastos, gerente da unidade do Senai em Araucária.
Ao todo, serão formadas seis turmas de aperfeiçoamento profissional em panificação, com carga horária de 100 horas – são dois grupos de no máximo quatro alunos a cada 25 dias úteis. As próximas turmas iniciam os trabalhos no dia 24 de junho. “Apesar de estarmos com número reduzido de alunos por conta da pandemia de COVID-19, o trabalho está fluindo bem e estamos produzindo, em média, 250 pães por dia, todos eles com ingredientes saudáveis e da melhor qualidade, fornecidos pela prefeitura”, explica a professora Margareth Garcia Juan.
Ela ainda afirma que o curso está sendo como um estágio para os alunos, pois “estão em um ambiente real de produção de panificadora e sentem todas as dificuldades de uma produção diária, tendo que trabalhar com agilidade e responsabilidade”.
Entre as principais, está a higiene, é claro. “Redobramos os cuidados e reforçamos todos os procedimentos de higienização para o projeto Pão Solidário, como está sendo chamada essa produção, realizada com todos os cuidados para atender famílias carentes durante a pandemia”, garante a professora. Para ela, além de oferecer formação profissional, o fato de a produção do curso beneficiar famílias com condições menos favorecidas também faz com que os alunos saiam de lá com uma formação mais humanizada. “Além de terminarem o curso estando mais preparados para o mercado de trabalho, os alunos saem daqui como pessoas melhores, pois percebem como é importante participar de uma ação como essas. Percebo que há um sentimento de engajamento, afinco, determinação, responsabilidade e carinho muito grande por parte dos alunos. Esse projeto vem coroar o nosso trabalho, que agora está recebendo um reconhecimento ainda maior”, comemora Margareth.
Para saber mais sobre os cursos Senai acesse cursocertosenai.com.br