Senai desenvolve sensor que aumenta a sensibilidade na detecção de anticorpos e antígeno para SARS-CoV-2

Solução foi desenvolvida em parceria com a Hilab e une eletroquímica e imunocromatografia para quantificação de biomoléculas de identificação da COVID-19 Desenvolver um teste mais acessível à população, de produção nacional, com resultado rápido e maior sensibilidade. Esses foram os objetivos do Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica (ISI-EQ) ao desenvolver uma nova solução para […]

Solução foi desenvolvida em parceria com a Hilab e une eletroquímica e imunocromatografia para quantificação de biomoléculas de identificação da COVID-19

Desenvolver um teste mais acessível à população, de produção nacional, com resultado rápido e maior sensibilidade. Esses foram os objetivos do Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica (ISI-EQ) ao desenvolver uma nova solução para a empresa paranaense Hilab, healthtech que hoje faz exames laboratoriais remotos, como o teste que detecta antígeno e anticorpos que identifica a infecção pela COVID-19, já em uso no mercado desde o início da pandemia.

“Em parceria com a Hilab, o ISI-EQ desenvolveu sensores eletroquímicos acoplados à imunocromatografia, que identificam com maior sensibilidade e de forma quantitativa o antígeno e anticorpos contra a SARS-CoV-2, presentes na amostra no momento da realização do teste.” explica Camila Rizzardi Peverari, pesquisadora do ISI-EQ.

O teste identifica antígenos ou anticorpos circulantes mesmo que estejam em menor número do que é possível com os exames disponíveis atualmente. “É possível identificar nas amostras quantidades de anticorpos IgM e IgG para SARS-CoV-2 oito vezes menores em comparação ao método colorimétrico e, para a detecção de antígeno, quantidades em torno de 60 vezes menores em comparação ao método colorimétrico”, conta a especialista.

Outro benefício do teste é que utiliza menos insumos biológicos e grande parte da produção é nacional. “Será possível garantir que a produção seja praticamente toda brasileira, assegurando o controle de qualidade na maior parte do processo de construção do teste”, afirma.

A rápida resposta do exame é fundamental também como estratégia de contenção do vírus. O Hilab, “o menor laboratório do mundo”, de mesmo nome da empresa, é um equipamento portátil que poderá se conectar com essa nova opção. Ele é capaz de fazer a leitura do resultado da amostra coletada, transmiti-lo instantaneamente via Internet das Coisas para a equipe de profissionais do laboratório central que, com o auxílio de algoritmos de Inteligência Artificial próprios, em alguns minutos, emitem o laudo que chega ao paciente via SMS ou e-mail.

A solução foi desenvolvida pelo ISI-EQ durante 14 meses e transferida para a Hilab. Por enquanto, foram realizados testes em amostras simuladas. Dentro do mesmo projeto foram produzidos exames do tipo sorológico para a empresa. A previsão inicial era de produzir 400 mil testes em 3 meses, no entanto, foram produzidos cerca de 1 milhão de testes nesse período.

A parceria começou em março de 2020, quando o projeto com a Hilab foi aprovado pela chamada especial do Edital de Inovação para Indústria do Senai no Paraná, categoria Missão Contra Covid-19. O Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica participou do projeto com pesquisadores e especialistas, disponibilizando infraestrutura e apoio financeiro, implementando mais tecnologias para aprimorar o teste com metodologias de pesquisa próprias. No ISI-EQ, o projeto de desenvolvimento do sensor eletroquímico acoplado à imunocromatografia foi desenvolvido pelas pesquisadoras doutora Camila dos Anjos Proença, mestre Emmanuelle Alves Carneiro, a engenheira Keyla Kaori Kuniyoshi e a doutora Sze Mei Lo.

Sobre a Hilab

Fundada pelos empreendedores Marcus Figueredo e Sérgio Rogal, respectivamente CEO e CTO, a Hilab é uma das principais healthtechs do Brasil e segue firme no seu propósito de reinventar a tecnologia médica, criando soluções que ajudem a democratizar o acesso à saúde. Seu carro-chefe é uma inovadora plataforma de exames laboratoriais remotos que usa inteligência artificial para acelerar o diagnóstico médico. Em 2020 foi uma das primeiras empresas brasileiras a realizar o exame laboratorial para a detecção do vírus covid-19. A Hilab realizou parceria com o Instituto Butantan para diversos projetos sobre controle e triagem epidemiológica do coronavírus no País. Entre eles estão o co-desenvolvimento da plataforma Tainá e participação no projeto S.

Sobre o ISI Eletroquímica

Criado em 2013, o Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica (ISI-EQ) foi o primeiro instituto do Senai a ser inaugurado no Brasil. Com infraestrutura laboratorial e recursos humanos altamente capacitados, realiza pesquisas aplicadas à indústria, desenvolvendo projetos de alto impacto industrial, tecnológico e econômico. Atualmente, é uma unidade credenciada pela Embrapii, oferecendo atendimento nas áreas de Baterias, Revestimentos Inteligentes e Sensores Eletroquímicos. Também atua nas áreas de geração e armazenamento de energia; monitoramento e diagnóstico rápido para bioprocessos, saúde humana e animal; e caracterização, monitoramento e controle da corrosão.

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