Alunos desenvolvem projeto para agricultura familiar
Equipe do Colégio Sesi CIC segue agora para o desafio final valendo um curso no MIT, nos Estados Unidos, em 2022 Uma olimpíada que desafiou estudantes brasileiros de escolas públicas e privadas com questões de matemática aplicada e lógica computacional, além do desenvolvimento de solução envolvendo tecnologia e prototipagem de aplicativo para resolver problemas reais da sociedade relacionados aos Objetivos do […]


Equipe do Colégio Sesi CIC segue agora para o desafio final valendo um curso no MIT, nos Estados Unidos, em 2022
Uma olimpíada que desafiou estudantes brasileiros de escolas públicas e privadas com questões de matemática aplicada e lógica computacional, além do desenvolvimento de solução envolvendo tecnologia e prototipagem de aplicativo para resolver problemas reais da sociedade relacionados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Assim foi a 1ª Olimpíada Brasileira de Tecnologia (OBT) promovida pelo Instituto Alpha Lumen de Impacto Social em parceria com o MIT – Massachusetts Institute of Technology Brazil e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que começou e agosto deste ano e segue com desdobramentos até 2022.
Os times vencedores disputam agora um curso no MIT, nos Estados Unidos, que será realizado em março de 2022. Para isso, seguem focadas na etapa “Desafio do APP” para desenvolver, na prática, o aplicativo proposto durante a competição.
“Com mais de três mil estudantes inscritos em 15 estados, apenas 20% foram aprovados para a segunda fase da competição e o Paraná ficou com o Ouro”, explica Luianne Rodrigues dos Santos, Física e Mestre em Ensino de Ciências, professora do Colégio Sesi da Indústria – CIC, que acompanhou a equipe de alunos durante toda a competição. “Agora, eles seguem para o Desafio do APP com objetivo de programar e desenvolver o aplicativo que prototiparam nas duas primeiras fases da Olimpíada. Se ganharem, irão participar do curso gratuito de uma semana em Boston, no MIT”, explica.
No total, 20 times participam do Desafio APP; uma maratona de programação que tem como objetivo transformar em aplicativos funcionais as soluções prototipadas pelos times durante a OBT. O aplicativo será avaliado por um júri especializado composto por integrantes do MIT Brazil, ITA e Instituto Alpha Lumen e por um júri popular, por meio de votação online.
No dia 22 de janeiro, será revelada a equipe vencedora do Desafio – categoria Escola Pública e Escola Privada, que irá realizar o curso no Massachusetts Institute of Technology, nos Estados Unidos, conforme o andamento da pandemia.
Projeto vencedor fomenta a agricultura familiar para diminuição da pobreza:
De acordo com a ONU, o fomento da agricultura familiar contribui para a diminuição da pobreza e da desigualdade no meio rural, fortalecendo também o abastecimento alimentar e o desenvolvimento sustentável local.
A partir dessa informação, os alunos da equipe Odyssey, formada por estudantes do 2º e do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Sesi da Indústria – CIC, em Curitiba, escolheram os ODS 2- Fome Zero e Agricultura Sustentável e ODS 8 – Emprego Decente e Crescimento Econômico, para desenvolver um aplicativo de venda que conecta agricultores familiares diretamente a pontos comerciais e transportadores, oferecendo preços mais justos para o comprador e maior renda para o produtor.
Os argumentos para a escolha do problema e que baseou o desenvolvimento da ideia para a criação do aplicativo pelos alunos é explicada por eles neste vídeo de três minutos, enviado para a banca da OBT como parte dos materiais solicitados durante a competição.
O app, denominado “Wi Harv” também tem como objetivo incentivar a agricultura sustentável com dicas de manejo, insumos e, futuramente, buscar parcerias com universidades para aproximar o agricultor das pesquisas que envolvem e favorecem sua produção.
“Wi significa lua em uma das línguas indígenas oriunda da América do Norte, enquanto Harv remete a colheita, em inglês. Os dois juntos formam a ‘Lua da Colheita’, que é a Lua cheia e, até hoje, existe a crença de que essa é a Lua para se fazer colheitas, normalmente no mês de agosto”, explica Yasmin Vitória, aluna do 3º ano do Ensino Médio integrante da equipe que, além dela, é formada pelos alunos do Ensino Médio Cauê Gonçalves (2º ano), Esther Hikari Kimura Nunes (3° ano), Ever Felliphe Sousa da Costa (2° ano) e Yuri Ribeiro de Andrade Madzgaua (2° ano), mediados pelas professoras Amanda Pugsley Nacarato (Biologia, Iniciação Científica e Robótica) e Luianne Rodrigues dos Santos (Física e Robótica).
“Participar da OBT foi uma oportunidade para conhecer pessoas e compartilhar meus conhecimentos e experiências. Agora, seguimos com o Desafio do APP para que possamos desenvolver efetivamente a nossa ideia, com foco na conquista do prêmio final que é a viagem e o curso no MIT, nos Estados Unidos”, explica o integrante da equipe Ever Felliphe Sousa da Costa.
Medalhistas de Ouro da OBT também são vencedores de outras Olimpíadas do Conhecimento:
Além de medalha de Ouro na Olimpíada Brasileira de Tecnologia (OBT), os alunos Cauê Gonçalves e Ever Felliphe Sousa da Costa são medalhistas de Ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) e estão concorrendo a uma vaga para representar o Brasil na etapa internacional da competição que será realizada em 2022, na França.
Além deles, Esther Hikari Kimura Nunes também é medalhista de Prata na OBA e, ao lado de Ever também é medalhista de Bronze na Olimpíada Nacional de Ciências (ONC).
“Vejo as Olimpíadas Científicas como uma oportunidade para me colocar em desafios, além de exercitar todo o conhecimento que venho acumulando durante o meu tempo dedicado aos estudos”, completa Ever.
Sobre a 1ª Olimpíada Brasileira de Tecnologia (OBT):
A OBT é uma olimpíada que visa apresentar mais de perto a área de TI (Tecnologia da Informação) para estudantes e professores de escolas públicas e privadas em todo o território nacional, mostrando-a como poderosa ferramenta para a geração de soluções efetivas à sociedade, inclusão e desenvolvimento socioeconômico. Ao longo da Olimpíada, os participantes são desafiados a resolver problemas de matemática aplicada e lógica computacional, estudar e apresentar problemas presentes em suas comunidades locais, regionais ou nacionais associados aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e prototipar soluções.