
Também conhecidas como Olimpíadas do Conhecimento, as Olimpíadas Científicas revelam novos talentos e formam profissionais resilientes e de alto desempenho. São pessoas habituadas a superar desafios, trabalhar com longas jornadas de estudos e, principalmente, manter o foco em momentos de adversidade. As áreas STEAM – sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática, também são muito estimuladas neste tipo de competição.
Ao longo de 2021, os alunos do Colégio Sesi da Indústria já conquistaram 27 medalhas, entre ouro, prata e bronze, nas quatro das seis olimpíadas científicas em que foram inscritos. Aguardam apenas o resultado final da Olimpíada Brasileira de Física (OBF), que será revelado em março de 2022.
Os resultados dos alunos envolvem a etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Geografia (OBG), competição por equipes, que trouxe 12 medalhas para o Paraná, sendo duas de ouro, oito de prata e duas bronze; etapa nacional da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), competição individual, com nove medalhistas no total, sendo cinco ouros, três pratas e um bronze; Olimpíada Nacional de Ciências (ONC), competição individual considerada de alto nível e listada entre as mais difíceis das olimpíadas do conhecimento, que resultou em cinco medalhas, sendo uma de ouro, uma de prata e três de bronze; e a Olimpíada Brasileira de Tecnologia (OBT), competição por equipes, promovida em parceria com MIT – Massachusetts Institute of Technology Brazil e ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Nesta última, a equipe de alunos do Colégio Sesi da Indústria também conquistou o primeiro lugar e trouxe o ouro para o Paraná.
“Buscamos sempre trabalhar para que os alunos tenham senso crítico e capacidade de resolver problemas, desenvolvendo seus conhecimentos e suas habilidades para as áreas STEAM. Quando observamos o resultado e o desempenho deles nas olimpíadas do conhecimento, percebemos que estamos formando cidadãos para o mundo e para as áreas que eles mais se identificam”, afirma Jacielle Feltrin Vila Verde Ribeiro, Gerente de Educação e Negócio do Sistema Fiep.

Ever Felliphe Sousa da Costa, da 2ª série do Ensino Médio, gabaritou a prova de nível 4 da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) e além de medalha de ouro, ainda conquistou vaga na pré-seleção para as Olimpíadas Internacionais de Astronomia de 2022, que serão realizadas na cidade de Lyon, na França.
No total, 8.700 alunos de Ensino Médio em todo o território nacional foram convocados para as seletivas que aconteceram de forma on-line nos meses de setembro, outubro e dezembro. Ever ficou entre os 200 alunos classificados para a próxima etapa eliminatória que vai acontecer nos meses de fevereiro e março de 2022. Se for aprovado, o estudante paranaense vai fazer parte da equipe brasileira que deve representar o País durante as Olimpíadas Internacionais de Astronomia de 2022, na França.
O aluno paranaense também aguarda a divulgação, prevista para março de 2022, do seu resultado na Olimpíada Brasileira de Física (OBF), além da sua aprovação no “desafio do APP”, etapa pós-final aplicada às equipes vencedoras da Olimpíada Brasileira de Tecnologia (OBT), valendo um curso no MIT, na cidade de Boston, nos Estados Unidos, em março de 2022. De acordo com a organização da OBT, este resultado será revelado no dia 22 de janeiro.
“Com as olimpíadas do conhecimento percebi que posso estudar os temas que gosto além da sala de aula. Além disso, a comunidade científica, envolvendo professores especializados e outros alunos, tem me ajudado muito com a troca de experiências e estudo e isso me motivou a continuar participando desse tipo de competição”, diz Ever, que pretende formar-se em Astrofísica ou Engenharia Aeroespacial.
Vagas Olímpicas em universidades
Para quem busca uma vaga em universidades dentro e fora do país, destacar-se em uma Olimpíada do Conhecimento pode fazer a diferença. Se o aluno for premiado em uma olimpíada internacional ou tiver conquistado uma posição de destaque nas competições brasileiras, as chances de ser aceito em uma boa universidade aumentam consideravelmente.
“Aqui no Brasil, por exemplo, sabemos que a Unicamp aceita o desempenho em olimpíadas do conhecimento como forma de ingresso para o ensino superior. Já a Minerva University, em San Francisco, nos Estados Unidos, ofertou, em 2020, bolsas de estudo para alunos com bom resultado na competição de Astronomia. Participar deste tipo de competição é uma boa oportunidade para os alunos também se destacarem no ensino superior e, posteriormente, na sua via profissional”, diz Luianne Rodrigues dos Santos, Física e Mestre em Ensino de Ciências, professora do Colégio Sesi da Indústria, integrante do grupo de professores que acompanha os alunos nas Olimpíadas do Conhecimento.
A Unicamp já informou que irá destinar 122 vagas para medalhistas em competições científicas e as inscrições podem ser feitas até o dia 21 janeiro. A Universidade Federal do ABC (UFABC), em Santo André, São Paulo, também já abriu processo seletivo para que estudantes premiados em olimpíadas de conhecimento e competições científicas tenham acesso à graduação em 2022. Ao todo, a instituição reservou 20 vagas para esse modelo de seleção e as inscrições vão até o dia 31 de janeiro. Outra instituição que já enxergou o potencial dos alunos premiados nas olimpíadas científicas é a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), em Minas Gerais. A instituição também já abriu edital para processo seletivo de vagas olímpicas e as inscrições devem ser realizadas até o dia 14 de janeiro.
Confira abaixo um resumo da participação dos alunos do Colégio Sesi da Indústria nas principais competições ao longo de 2021:
Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) e Olimpíada Nacional de Astronomia (OBA)
Estudante está concorrendo à vaga para representar o Brasil em 2022, na França
A Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) é uma das mais importantes Olimpíadas do Conhecimento do Brasil e, este ano, em decorrência da pandemia, foi realizada em duas etapas com provas totalmente online.
Com mais de 2 milhões de estudantes inscritos em todo o País e 20 mil medalhistas entre Ouro, Prata e Bronze, os alunos do Colégio Sesi da Indústria conquistaram cinco medalhas e seis menções honrosas na competição. Pedro Henrique Perreira Deguchi, aluno do Colégio Sesi da Indústria Afonso Pena, em São José dos Pinhais, conquistou a medalha de Ouro.
“Assim como outras olímpiadas do conhecimento, a ONC é um grande desafio e requer bastante estudo em áreas diversas. A prova foi bastante desafiadora e a notícia da medalha de ouro foi inicialmente uma surpresa. Fiquei muito feliz com o resultado e muito inspirado para continuar participando desses eventos, procurando sempre melhorar”, diz Pedro.
Outro aluno do Colégio Sesi da Indústria também medalhista na ONC é Ever Felliphe Sousa da Costa, da 2ª série do Ensino Médio da unidade CIC, em Curitiba. “A Olimpíada Nacional de Ciências foi uma competição bem difícil. Em algumas questões, exigiu conhecimentos que não tinha muito domínio. Procurei estudar todas as disciplinas que seriam cobradas na prova e foquei muito nas que eu tinha mais facilidade. Desse modo, foi possível conquistar a minha medalha”, diz Ever, que conquistou bronze na ONC, mas gabaritou a prova de nível 4 da OBA, conquistando, além da medalha de Ouro, uma vaga na pré-seletiva que vai definir os representantes do Brasil nas Olimpíadas Internacionais de Astronomia em 2022, na França.
Olimpíada Brasileira de Geografia (OBG)
Alunos do Colégio Sesi da Indústria preenchem 30% do quadro de medalhas do Estado na competição
Demonstrar a sua capacidade de análise e interpretação dos fenômenos geográficos e geocientíficos de modo integrado, rompendo com o dualismo geografia física x geografia humana. Deste modo, os alunos do Colégio Sesi da Indústria preencheram 30% do quadro de medalhas para o Paraná durante a VI Olimpíada Brasileira GeoBrasil 2021, composta pela VI Olimpíada Brasileira de Geografia (OBG) e IV Olimpíada Brasileira de Ciências da Terra (OBCT).
Das 81 equipes inscritas na VI GeoBrasil no Estado, apenas 40 conquistaram medalha. Os Colégios Sesi da Indústria somam 12 medalhas na competição, sendo duas Ouro, oito medalhas de Prata e duas de Bronze.
“Essa foi a minha segunda participação na Olimpíada. Na minha primeira participação, em 2019, fiquei com o bronze e isso me deixou com muita vontade de ganhar o Ouro e foi justamente isso que aconteceu esse ano. Mas foi muito mais do que ser premiado ou rotulado com uma medalha. Foi uma realização e uma conquista pessoal. O sentimento de superação é incrível; fez eu me sentir muito mais capaz de cumprir os meus objetivos pessoais e profissionais”, comenta Matheus dos Santos, medalhista de Ouro na Olimpíada Nacional de Geografia e aluno do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Sesi da Indústria, em Campo Largo.
Olimpíada Brasileira de Tecnologia (OBT)
Equipe vencedora está na disputa para realizar um curso no MIT, nos Estados Unidos, em 2022
Uma olimpíada que desafiou estudantes brasileiros de escolas públicas e privadas com questões de matemática aplicada e lógica computacional, além do desenvolvimento de solução envolvendo tecnologia e prototipagem de aplicativo para resolver problemas reais da sociedade relacionados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Assim foi a 1ª Olimpíada Brasileira de Tecnologia (OBT) promovida pelo Instituto Alpha Lumen de Impacto Social em parceria com o MIT – Massachusetts Institute of Technology Brazil e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que começou em agosto deste ano e segue com desdobramentos até 2022.
Os times vencedores disputam agora um curso no MIT, nos Estados Unidos, que será realizado em março de 2022. Para isso, seguem focadas na etapa “Desafio do APP” para desenvolver, na prática, o aplicativo proposto durante a competição.
“Com mais de três mil estudantes inscritos em 15 estados, apenas 20% foram aprovados para a segunda fase da competição e o Paraná ficou com o Ouro”, explica Luianne Rodrigues dos Santos, Física e Mestre em Ensino de Ciências, professora do Colégio Sesi da Indústria – CIC, que acompanhou a equipe de alunos durante toda a competição. “Agora, eles seguem para o Desafio do APP com objetivo de programar e desenvolver o aplicativo que prototiparam nas duas primeiras fases da Olimpíada. Se ganharem, irão participar do curso gratuito de uma semana em Boston, no MIT”, explica.
No total, 20 times participam do Desafio APP; uma maratona de programação que tem como objetivo transformar em aplicativos funcionais as soluções prototipadas pelos times durante a OBT. O aplicativo será avaliado por um júri especializado composto por integrantes do MIT Brazil, ITA e Instituto Alpha Lumen e por um júri popular, por meio de votação online.
No dia 22 de janeiro, será revelada a equipe vencedora do Desafio – categoria Escola Pública e Escola Privada, que irá realizar o curso no Massachusetts Institute of Technology, nos Estados Unidos, conforme o andamento da pandemia.
Projeto vencedor fomenta a agricultura familiar para diminuição da pobreza:
De acordo com a ONU, o fomento da agricultura familiar contribui para a diminuição da pobreza e da desigualdade no meio rural, fortalecendo também o abastecimento alimentar e o desenvolvimento sustentável local.
A partir dessa informação, os alunos da equipe Odyssey, formada por estudantes do 2º e do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Sesi da Indústria – CIC, em Curitiba, escolheram os ODS 2 –Fome Zero e Agricultura Sustentável e ODS 8 – Emprego Decente e Crescimento Econômico, para desenvolver um aplicativo de venda que conecta agricultores familiares diretamente a pontos comerciais e transportadores, oferecendo preços mais justos para o comprador e maior renda para o produtor.
Os argumentos para a escolha do problema e que baseou o desenvolvimento da ideia para a criação do aplicativo pelos alunos é explicada por eles neste vídeo de três minutos, enviado para a banca da OBT como parte dos materiais solicitados durante a competição.
O app, denominado “Wi Harv” também tem como objetivo incentivar a agricultura sustentável com dicas de manejo, insumos e, futuramente, buscar parcerias com universidades para aproximar o agricultor das pesquisas que envolvem e favorecem sua produção.
“Wi significa lua em uma das línguas indígenas oriunda da América do Norte, enquanto Harv remete à colheita, em inglês. Os dois juntos formam a ‘Lua da Colheita’, que é a lua cheia e, até hoje, existe a crença de que essa é a lua para se fazer colheitas, normalmente no mês de agosto”, explica Yasmin Vitória, aluna do 3º ano do Ensino Médio integrante da equipe que, além dela, é formada pelos alunos do Ensino Médio Cauê Gonçalves (2º ano), Esther Hikari Kimura Nunes (3° ano), Ever Felliphe Sousa da Costa (2° ano) e Yuri Ribeiro de Andrade Madzgaua (2° ano), mediados pelas professoras Amanda Pugsley Nacarato (Biologia, Iniciação Científica e Robótica) e Luianne Rodrigues dos Santos (Física e Robótica).
“Participar da OBT foi uma oportunidade para conhecer pessoas e compartilhar meus conhecimentos e experiências. Agora, seguimos com o Desafio do APP para que possamos desenvolver efetivamente a nossa ideia, com foco na conquista do prêmio final que é a viagem e o curso no MIT, nos Estados Unidos”, explica o integrante da equipe Ever Felliphe Sousa da Costa.