Senai Paraná expande atuação em Tecnologia e Inovação em 2021
Inauguração de espaço, novo programa e chamadas para indústrias marcaram o ano O ano de 2021 foi de muitas conquistas para a área de Tecnologia e Inovação do Senai Paraná. A área vem conquistando as indústrias paranaenses e entregando um serviço de referência. Entre os principais ganhos do ano, destaca-se a participação de mais de […]
Inauguração de espaço, novo programa e chamadas para indústrias marcaram o ano
O ano de 2021 foi de muitas conquistas para a área de Tecnologia e Inovação do Senai Paraná. A área vem conquistando as indústrias paranaenses e entregando um serviço de referência. Entre os principais ganhos do ano, destaca-se a participação de mais de 600 empresas atendidas e em andamento no programa Brasil Mais, mentoria para auxiliar as indústrias a reduzir custos e aumentar a produtividade, com decisões mais ágeis e efetivas. As indústrias que participaram tiveram um aumento de produtividade médio de 51%, com ganho anual projetado de R$ 36.683.028 e mensal por empresa de R$7.109. “Foi uma vitória para gente conseguir fazer esse atendimento com tanta quantidade e tamanha qualidade também”, conta Fabrício Luz Lopes, gerente executivo de Tecnologia e Inovação do Sistema Fiep.
Os espaços de inovação do Sistema Fiep ganharam ainda mais evidência em 2021. Em julho, foi inaugurado o Habitat Senai de Inovação, ambiente que reúne diferentes indústrias, startups e Institutos do Senai em um mesmo local e concretiza o ecossistema de inovação de forma orgânica, com capacidade de potencializar inovação, gerando negócios e valor para a indústria. O HUB de Inteligência Artificial (IA) completou dois anos em outubro, unindo todo o ecossistema de inovação relacionado à IA – indústrias, empresas de TI, startups, instituições de pesquisa e de ensino. Já a aceleradora do Sistema Fiep mostrou sua representatividade chegando ao décimo ao ano de existência com 45 startups aceleradas e 13 em processo de aceleração. Juntas, as startups em operação geram 353 postos de trabalho e, até 2021, recolheram mais de R$ 4,9 milhões de impostos, faturaram mais de R$ 111 milhões e captaram mais de R$53 milhões de recursos – o dado é de 33 startups que responderam à consulta feita pela aceleradora.
Também neste ano o Instituto Senai de Tecnologia (IST) em Madeira e Mobiliário de Arapongas foi aprovado pela Coordenação Geral de Acreditação em conformidade aos requisitos da ABNT NBR ISO/IEC 17025 e reconhecido formalmente por operar um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ). Além disso, agora pertence à Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio (RBLE).
Premiações
Se o Brasil Mais e os espaços de inovação foram importantes para o ano, as premiações foram destaques à parte. O Instituto Senai de Tecnologia em Metalmecânica, em Maringá, teve dois projetos vencedores 34° Prêmio de Design do Museu da Casa Brasileira, um dos mais importantes do Brasil. Entre os mais de 430 inscritos, o Adam Robô AI 4.0 levou o 1º lugar, e o Grandior Aura, o 3º, ambos na categoria Eletroeletrônico.
Já o projeto do Senai Paraná, Copel Distribuição e a PHUEL Smart Energy, pin-off da Motiva Mobilidade S/A, conquistou o 3º lugar nacional na categoria Digitalização do Prêmio Cier de Inovação, promovido pelo Comitê Brasileiro da Comissão de Integração Energética Regional – BRACIER. As instituições ganharam o Bronze com o projeto de P&D Aneel “Módulo para Integração de Distribuidora de Energia Elétrica com Plataformas de Gestão de Energia pelo Lado da Demanda na Mobilidade Elétrica”. O projeto propõe uma ferramenta de Gerenciamento pelo Lado da Demanda (GLD) de baixo custo de desenvolvimento e implementação: o Módulo de Integração.
E não para por aí: Alexandre Gonçalves Cordeiro Neto, analista de PDI do Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica (ISI-EQ), ganhou o primeiro lugar do 22º Prêmio Abrafati de Ciência em Tintas, da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas. A conquista, reconhecida nacionalmente, veio pelo trabalho “Óleo de tungue microencapsulado como inibidor de corrosão natural versus fosfato de zinco. Avaliação comparativa: Performance e proteção anticorrosiva em tinta alquídica industrial monocomponente”.
Chamadas
O ano foi de oportunidades para as indústrias paranaenses. Em 2021, foram lançadas três grandes Chamadas para as corporações do estado. Uma delas foi a Chamada Paranaense Industrial, criada para estimular o crescimento da indústria e incentivar a inovação no segmento. A iniciativa apoiou projetos de inovação em parceria com os Institutos Senai de Tecnologia e Inovação no Paraná, com foco em melhorias ou novos produtos e aumento da produtividade industrial e teve um aporte financeiro de R$ 3,3 milhões. Também se destacou a Chamada Agrotech, que nasceu para fomentar a transformação digital em todo o estado. No edital, as indústrias e startups selecionadas estão desenvolvendo projetos de transformação tecnológica no contexto do agronegócio. Para completar, a Startup.tech disponibilizou até 150 mil por projeto de inovação entre indústria e startups com foco em Saúde e Segurança, com o objetivo de melhorar e promover a saúde e segurança dos trabalhadores, reduzir o número de acidentes de trabalho, aumentar a longevidade dos colaboradores e atuar no controle de doenças – desafios de indústrias de todo o país que estão diretamente relacionados com o aumento da competitividade e produtividade, além da qualidade de vida do trabalhador.
2022 – um ano de desafios
O ano que vem por aí terá inúmeros desafios. Segundo o gerente executivo de Tecnologia e Inovação, o Senai precisa ganhar escala. “Precisamos estar junto na definição das estratégicas de inovação para as indústrias, porque podemos ser muito mais assertivos quando desenvolvemos a estratégia de inovação em conjunto. Isso permite que possamos definir projetos que tenham impacto maior na vida das pessoas. A inovação não é fim, é meio, e é fundamental para indústria ser mais competitiva, porque isso gera impacto positivo na economia e na vida das pessoas, não só nas riquezas geradas, mas com os produtos que entrega para o consumidor”, afirma.
Além disso, ele lembra da importância de a instituição desenvolver novas competências e se antecipar nas tendências de mercado. “Para atender às demandas das indústrias do amanhã temos que construir hoje novas competências tecnológicas, como por exemplo a aplicação do Grafeno. Por isso, precisamos sempre ouvir a indústria, entender essas macrotendências, compreender como o Paraná irá se posicionar nestes quesitos para estarmos aptos para os próximos anos”, ressalta.