Indústria paranaense entrega baterias para serem testadas em blindados do Exército

Projeto que tem objetivo de substituir produto importado foi articulado pelo Comdefesa da Fiep e desenvolvido pela ELO Componentes Eletroquímicos

Baterias foram entregues no quartel da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada, em Cascavel

Em uma ação articulada pelo Conselho Temático da Indústria de Materiais de Defesa e Segurança da Fiep (Comdefesa), foram entregues ao Exército Brasileiro, nesta terça-feira (4), 80 unidades de uma bateria especial, desenvolvida pela indústria paranaense ELO Componentes Eletroquímicos, que serão testadas em veículos blindados Guarani. A entrega ocorreu no quartel da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada, em Cascavel.

Apesar de ser fabricado no Brasil, o Guarani – que é uma Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Médio sobre Rodas (VBTP-MSR) – utiliza baterias importadas da Itália, o que eleva seu valor final e dificulta a reposição. No ano passado, após alinhamento do Comdefesa com o Comando da 5ª Divisão de Exército, que abrange Paraná e Santa Catarina, uma unidade da bateria foi entregue ao Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica (ISI-EQ), instalado em Curitiba, que fez uma análise das especificidades técnicas do equipamento.

O passo seguinte foi a busca por indústrias paranaenses que se interessassem em produzir similares nacionais para que fossem testados em uso. A ELO, que tem sede em Ibiporã e produz a linha de baterias especiais Max Force, aceitou o desafio, trabalhando no projeto nos últimos meses.

Nesta terça, o primeiro lote com 80 baterias fabricadas pela ELO foi entregue oficialmente, sem custos para o Exército. Pelos próximos 12 meses, elas serão testadas nos blindados durante as operações da corporação na região Sul do país. Após esse período, será elaborado um relatório sobre a capacidade e desempenho do produto. Caso o resultado seja positivo, as baterias poderão ser encomendadas pelo Exército.

Competência e capacidade
A entrega oficial do lote que será testado contou com a presença do general de brigada Marcos Americo Vieira Pessôa, comandante da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada. Também participaram comandantes de organizações militares e representantes da ELO Componentes Eletroquímicos.

O Comdefesa foi representado por seu consultor técnico, o general da reserva Sidnei Prado, que classificou a iniciativa como uma vitória para todo o ecossistema da indústria de defesa nacional. “Além da vantagem estratégica de fabricar as baterias no Brasil, o custo de aquisição será inferior para o Exército”, disse. “Essa conquista da ELO também comprova que a indústria paranaense tem competência e capacidade para fabricação de produtos com tecnologia agregada e de mesmo nível de eficiência do material importado”, completou.

Atrelado à Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), o Comdefesa atua para aproximar as indústrias paranaenses das demandas das Forças Armadas e demais forças de segurança, abrindo novas possibilidades de negócios para as empresas.

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