Estudantes desenvolvem modelos didáticos inovadores para ensino de Biologia

Projeto do Colégio Sesi de Cascavel é credenciado para feiras internacionais

Projeto do Colégio Sesi da Indústria de Cascavel ganha destaque pelo Brasil e é credenciado para feiras internacionais

Um projeto das estudantes Aryel Portes Duas Lopo, Gabriela Demezuk Siqueira e Yasmin Curi Dumpierre de Freitas, do Colégio Sesi da Indústria de Cascavel, foi credenciado para participar de feiras internacionais no México e no Reino Unido. Sob orientação do professor Marcioni Miguel Zini, o projeto Desenvolvimento de Modelos Didáticos de Baixo Custo para o Ensino de Biologia tem por objetivo criar materiais que ajudem no entendimento do estudante e o posicione como protagonista de seu aprendizado, enquanto realiza buscas para a resolução dos desafios.

Durante a Infomatrix Brasil, que aconteceu entre 19 e 22 de setembro, em Blumenau-SC, ganharam o credenciamento para a Infomatrix México, competição internacional de projetos científicos e tecnológicos desenvolvidos por estudantes do ensino fundamental ao médio de todo o mundo. A feira acontece em 2024, em Guadalajara.

Já no sábado, 30, a equipe foi premiada na Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia (Fenecit), em Recife-PE, como 1º lugar geral na área de Humanas e ainda ganhou o credenciamento para participar do London International Youth Science Forum, o maior e mais influente fórum científico juvenil internacional, em Londres.

Yasmin, Aryel, Gabriela e o professor Marcioni exibem o troféu e as medalhas de 1º lugar na Fenecit
Yasmin, Aryel, Gabriela e o professor Marcioni exibem o troféu e as medalhas de 1º lugar na Fenecit / Divulgação

Para as alunas, que estão no 3º ano do Ensino Médio, a experiência é muito significativa. “Ver o nosso projeto sendo reconhecido e credenciado para ser continuado, além da oportunidade atribuída para o nosso desenvolvimento acadêmico e relevância curricular, trouxe um aspecto de motivação. O sucesso depende unicamente do nosso desempenho”, diz Yasmin. “Além disso, é necessário ressaltar que participar de ambientes onde existe uma troca de culturas e conhecimento tem muito a agregar na trajetória de cada uma de nós que experienciamos o ambiente das feiras.”

A emoção também é compartilhada por Aryel. “Eu não pude ficar mais feliz com todas as conquistas que alcançamos, desde o começo, na Feira de Ciências, Engenharia e Tecnologia (Fecet), em Cascavel. Tudo pareceu se alinhar, conquistando todas essas credenciais e o 1° lugar em Pernambuco. Só está sendo possível chegar tão longe com esse grupo incrível”, comenta ela sobre o trabalho em equipe.

Gabriela reforça a importância do projeto para a comunidade acadêmica, a partir da receptividade do público das feiras e das avaliações. “Tivemos muito trabalho com as pesquisas e o desenvolvimento do projeto, mas tudo isso vale a pena. É bonito ver o quanto ele é importante, o quanto as pessoas se interessaram por ele e o que conquistamos até agora. Não conseguiríamos sem o apoio do Colégio, dos professores e, em especial, do nosso orientador e da direção.”

Para o professor Marcioni, orientador da equipe, o incentivo à pesquisa deve ser encarado com muita seriedade na educação. “Ao longo do desenvolvimento de um projeto de pesquisa, nossos alunos potencializam habilidades que serão úteis para a carreira profissional. Ao realizarem pesquisas científicas, eles aprendem da forma mais eficaz, que é quando os conhecimentos fazem conexão com a realidade na busca de compreendê-la e transformá-la”, afirma. Ele ainda comenta que a pesquisa científica é muito democrática, pois é possível fazer ciência em todas as áreas do conhecimento.

Sobre o projeto

Equipe apresenta os modelos didáticos de baixo custo / Divulgação

O Desenvolvimento de Modelos Didáticos de Baixo Custo para o Ensino de Biologia tem por objetivo criar materiais que ajudem no entendimento do estudante e o posicione como protagonista de seu aprendizado, enquanto realiza buscas para a resolução dos desafios. Os métodos utilizados trazem experiências sensoriais, motoras e cognitivas, melhorando a forma de assimilar o que foi passado ao aluno por meio de atividades práticas. Para a construção dos modelos didáticos, foram utilizados materiais acessíveis e de baixo custo.

As estudantes confeccionaram quatro modelos diferentes:

  • Quebra-Cabeça dos Nucleotídeos: tem a ideia de representar as partes que compõem o DNA, onde se deve ligar uma base nitrogenada em outra e consequentemente na estrutura de fosfato e açúcar.
  • Luva Esqueleto: apresenta os ossos da mão de uma forma que o aluno possa vestir e ver onde cada um deles está localizado, podendo visualizar também os nomes de cada osso.
  • Caminho da Digestão: mostra a posição de cada órgão no corpo humano e permite ao professor criar atividades de encaixe e desencaixe de cada peça.
  • Broken Brain: compreende as principais partes do encéfalo e lobos cerebrais. Entre os recursos deste modelo, estão encaixe e desencaixe das partes, variações de cores e um quiz utilizando cartas com informações sobre cada um dos lobos.

De acordo com as estudantes, o projeto tem chamado a atenção do público das feiras científicas, que tem interagido bastante com os modelos didáticos. A ideia do professor Marcioni é confeccionar mais unidades dos modelos para poder utilizar em sala de aula.

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