Produção industrial cresce no Paraná em janeiro

Indicador ficou acima da média nacional, puxado principalmente pelos setores de alimentos, madeira, petróleo e máquinas, aparelhos e materiais elétricos

O ano começou com desempenho positivo da produção industrial do Paraná. O indicador divulgado esta manhã (13/3), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), teve crescimento de 3,9% em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2023, valor pouco acima do nacional, em 3,6%. No Sul, Santa Catarina obteve maior alta, com 6,3%. Já o Rio Grande do Sul registrou retração de 4,5%.

Setor alimentício foi um dos responsáveis pela alta na produção (Fotos: Gelson Bampi)

Entre os estados mais industrializados do país, Rio de Janeiro (7,1%) e Minas Gerais (5,5%) cresceram bem, seguidos por São Paulo (4,6%). Porém, o bom resultado nos dois primeiros pode estar atrelado ao desempenho dos setores extrativo e de petróleo, que são fortes nessas regiões.

Nos últimos 12 meses, a indústria paranaense acumula alta de 1,9%, enquanto a brasileira evoluiu apenas 0,4%. Nesta mesma análise, o estado obteve o melhor resultado da região Sul, já no que Rio Grande do Sul (-4,5%) e em Santa Catarina (-0,5%) a atividade encolheu no período de fevereiro de 2023 até janeiro deste ano.

“A produção industrial no Paraná é influenciada pelas condições macroeconômicas do país. Percebe-se que o mercado de consumo vem se recuperando como consequência da melhora na empregabilidade, especialmente aqui no Paraná. Essa condição favorece o aumento nas vendas do comércio e impacta nos níveis de produção aqui no estado”, avalia o presidente do Sistema Fiep, Edson Vasconcelos. “Porém, é preciso observar como esses elementos vão se comportar nos próximos meses”, acrescenta. 

Para Vasconcelos, em longo prazo, é fundamental que tanto o país quanto o Paraná aprimorem seu ambiente de negócios para garantir um crescimento sustentado da produção. “A Fiep vem trabalhando junto a outras entidades do setor produtivo e ao poder público para contribuir com caminhos que resultem em um ambiente mais favorável à atividade industrial. Exemplo dessa articulação são os Fóruns Permanentes Regionais da Indústria, que a Fiep promove a partir desta semana”, diz o presidente da Fiep. “Temos certeza de que, assim, a indústria poderá contribuir ainda mais para a geração de riquezas no Paraná”, completa.

Influência dos segmentos industriais

Das 13 atividades industriais analisadas pelo IBGE, sete ficaram positivas e seis tiveram queda de produção na indústria estadual. Ao avaliar a composição da taxa de crescimento, as que mais contribuíram para a alta foram alimentos, madeira, petróleo e máquinas, aparelhos e materiais elétricos. Por outro lado, máquinas e equipamentos, minerais não-metálicos, celulose e papel e automotivo tiveram maior retração.

Para entender a performance paranaense comparada aos resultados nacionais, por atividade, alimentos e petróleo, tiveram produção menor do que a média nacional em janeiro, com 3,8% e 9,1% de elevação no Brasil frente a 3% e 7,3% no Paraná, respectivamente. Madeira cresceu 22% no estado e 16% no país. E máquinas, aparelhos e materiais elétricos aumentou 56% contra 3,1% no país. Os resultados são considerados bons, mas principalmente no último segmento citado é preciso analisar a base de comparação, já que se trata se um setor que teve dificuldades nos últimos meses e está em recuperação.

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