Senai e Bosch desenvolvem protótipo veicular de teste de propulsão elétrica

O objetivo do projeto é avaliar a performance e a competência local em integrar tais sistema frente aos veículos elétricos vendidos no mercado

O Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica (ISI Eletroquímica), localizado em Curitiba, em parceria com as empresas Bosch, Eaton, eION e JLW Eletromax desenvolveu um projeto de criação de um veículo elétrico protótipo.

Feito por meio de uma aliança industrial, o projeto tem como objetivo utilizar tecnologias da Bosch para construir um sistema de propulsão a ser implementado em uma plataforma veicular já existente e comparar o desempenho com veículos elétricos de série com especificações similares.

De acordo com Valério Marochi, pesquisador do ISI Eletroquímica e gestor do projeto, o projeto foi subdividido em 4 blocos de desenvolvimento, sendo eles: construção de um pack de bateria; modificação da transmissão original do veículo; programação da unidade de controle eletrônico e comunicação com o sistema de propulsão, integração dos sistemas anteriores ao veículo e teste em ambiente relevante (laboratório).

“O pack original do veículo não atende ao novo sistema de propulsão sendo este mais potente que o original, ou seja, estamos substituindo tudo”, explica. Segundo ele, a máquina elétrica e o sistema de controle e potência são da Bosch. Já a transmissão foi aprimorada pela Eaton. Quanto à bateria, foi desenvolvida no ISI Eletroquímica, por meio da integração de células e BMS comerciais, com o apoio da JLW.

“Todos os sistemas foram integrados ao veículo protótipo, após modificações e reforços estruturais do chassi original”, explica Valério.

O veículo em questão é um buggy elétrico da empresa curitibana eION, utilizado como plataforma base para a construção do protótipo.

Testes de desempenho e eficiência

A programação e parametrização do sistema de controle da propulsão foi realizada pelo Instituto Senai de Tecnologia da Informação e da Comunicação, em Londrina, que realizou testes em sistema de bancada com a unidade de controle, o inversor e a máquina elétrica.

Depois de pronto o veículo passou por testes de desempenho e eficiência no laboratório de eletromobilidade do ISI Eletroquímica, sendo fixado ao dinamômetro de chassi e o pack de baterias colocado numa câmara climática de testes. Testes de rodagem padronizados foram executados com coleta dos dados do veículo, a fim de verificar o desempenho do protótipo quanto às especificações de torque, potência, consumo e eficiência esperados, bem como o grau de atingimento quando comparado a veículos fabricados em série de especificações similares.

Segundo Valério, “além da construção do protótipo, o projeto possibilitou o desenvolvimento e o fortalecimento de competências técnicas nos institutos de inovação do Senai Paraná, além do aprimoramento de infraestrutura para entregar ao mercado nacional soluções inovadoras que estarão nos veículos no mercado”.

“O projeto permitiu a integração de componentes Bosch de eletrificação veicular de última geração, com foco em alta performance e sustentabilidade, alinhado ao anseio do mercado de desenvolver arquiteturas elétricas veiculares cada vez mais eficientes e limpas”, finaliza Luis Szeles, gerente de unidade de negócios Bosch em Electrical Drives da América Latina.

O objetivo do projeto é avaliar a performance e a competência local em integrar tais sistema frente aos veículos elétricos vendidos no mercado

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