O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (13/9), os dados da produção industrial regional. O Paraná teve crescimento de 14,1% frente a julho do ano passado, o melhor resultado do país. O valor é mais que o dobro da média nacional, que ficou em 6,1% na mesma comparação. No acumulado de janeiro a julho de 2024, a produção industrial paranaense teve elevação de 3,2%.
Nos últimos 12 meses, a indústria paranaense evoluiu 5,1% e, a brasileira, 2,2%. Entre as unidades da federação mais industrializadas do país, compostas por São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul, o estado obteve o segundo maior crescimento em 12 meses, abaixo apenas de Rio de Janeiro, com 5,8% no período.
Em relação a junho passado, a produção paranaense ficou positiva em 4,4%, superando as demais potências industriais do Brasil. O resultado contraria a tendência da produção nacional, que recuou -1,4%.
De acordo com o presidente do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Vasconcelos, o resultado de julho é mais um indicativo do grande potencial que o setor industrial tem para se desenvolver ainda mais no estado. “Mesmo enfrentando inúmeros desafios, a indústria paranaense, que já é a quarta maior do país, segue em evolução”, afirma. “No Sistema Fiep, estamos atuando para a construção de uma política industrial que aprimore o ambiente de negócios do nosso estado. Temos convicção de que, assim, a indústria pode crescer ainda mais e aumentar sua importância para o desenvolvimento econômico e social do Paraná”, completa.
Atividades industriais
A alta de julho, comparada com o mesmo mês do ano passado, se deve especialmente ao bom desempenho dos setores automotivo (86%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (39%), moveleiro (36%), fabricação de máquinas e equipamentos (23%), madeireiro (15%), bebidas (13,6%) e petróleo e derivados (11%). Das 13 atividades avaliadas pelo IBGE no Paraná, somente duas ficaram abaixo do esperado: celulose e papel (-3,5%) e minerais não-metálicos (-0,8%).
No acumulado do ano, lideram a produção industrial o segmento de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (31%), madeira (13%), bebidas (12%) e móveis (11,6%). Apenas três atividades estão com desempenho negativo: máquinas e equipamentos (-7,8%), minerais não-metálicos (-2,2%) e fabricação de produtos de metal (-0,2%).
Segundo a Fiep, o crescimento da produção industrial em julho pode ser reflexo da melhora no mercado de trabalho no país, que estimula o consumo na economia e, consequentemente, a produção nas fábricas. Outra razão para o aquecimento da economia no estado são os resultados de outros setores econômicos como o de serviços (+4,1%) e comércio (+3,8%) este ano, que se refletem em estímulos à produção industrial paranaense.