A cerimônia de encerramento da 47ª edição da WorldSkills foi marcada por momentos de muita expectativa e comemoração. Com a 2ª maior delegação deste mundial, o Brasil fez história e o Paraná representou muito bem o país nas modalidades #53 – Computação em Nuvem e #55 – Tecnologia da Água.
“O Brasil veio com uma das maiores delegações e é muito respeitado na competição”, disse o presidente do Sistema Fiep, Edson Vasconcelos, que integrou a comitiva da Confederação Nacional da Indústria (CNI) presente no evento. “O que mais ouvimos na WorldSkills foram comentários sobre a força do time brasileiro do Senai, o que mostra a qualidade do ensino técnico que a instituição oferece”, completou.
“Competimos com os melhores profissionais de nível técnico do mundo em duas modalidades que são extremamente importantes para o futuro global”, disse Fabiane Franciscone, Diretora Regional do Senai Paraná. “Estamos muito orgulhosos dos nossos alunos, que representaram o Senai do Paraná, o nosso estado e o país. Mostramos que o Paraná e o Brasil têm força e potencial para competir de igual para igual com outros países e concluímos nossa jornada nesta edição da WorldSkills com orgulho e a certeza de que estamos no caminho certo, formando profissionais competentes e preparados para enfrentar os desafios reais da indústria paranaense”, destacou.
Na #55 – Tecnologia da Água, Lorena Virginia Costa Souza, do Senai CIC, em Curitiba, representou muito bem o Brasil competindo em altíssimo nível com Alemanha, China, Coreia do Sul, Índia, Japão e Singapura.
“A minha experiência na competição foi muito gratificante. Eu vivi momentos muito incríveis e inesquecíveis. Essa é realmente a melhor experiência que eu tive na minha vida e eu nunca vou esquecer de tudo o que eu aprendi e das pessoas que eu conheci. Eu estou muito feliz com tudo e saio ainda mais feliz e com o sentimento de missão cumprida. Eu fiz o meu melhor, dei o meu melhor e eu mostrei para o mundo que o Brasil tem força, que o Brasil tem potencial e que a gente é forte”, disse Lorena.
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Já na # 53 – Computação em Nuvem, Thiago Rocha de Araújo, do Senai Londrina, mostrou todo o potencial brasileiro na área da tecnologia, competiu de igual para igual com nada menos do que 15 países: Alemanha, Austrália, Canadá, China, Coréia do Sul, França, Hong Kong, Índia, Irã, Japão, Polônia, Principado do Liechtenstein, Singapura, Suíça e Taiwan.
“Poder participar dessa competição é a realização de um sonho. Fomos até o final; demos o sangue. Foi uma oportunidade de representar o nosso país, o estado do Paraná e principalmente a cidade de Londrina. Estou muito feliz. Todos os competidores estavam muito bem-preparados. Foi uma prova de altíssimo nível. Agradeço toda a força que o Paraná e principalmente o Senai do Paraná me deram. Fizemos o possível para estarmos aqui, representando o nosso país e a gente representou muito bem”, disse Thiago.
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Au Revoir, Lyon : delegação brasileira encerra competição com 2º lugar no ranking geral de pontos
Nesta 47ª edição da WorldSkills, que aconteceu de 10 a 15 de setembro na cidade de Lyon, na França, o Brasil terminou na segunda colocação no ranking de soma de pontos, atrás da China.
O Brasil teve a 2ª maior delegação do mundial, com um time que chegou a 170 pessoas, incluindo delegados técnicos, experts e intérpretes. Foram 64 alunos e ex-alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), que disputaram 56 das 59 modalidades do torneio – algumas são em dupla ou trio.
Ao todo, esta edição do mundial da educação profissional contou com 1.400 competidores de 69 países.
“Os maiores méritos da competição são mostrar o caminho da educação profissional para os jovens e o quanto um ensino próximo da empresa e do mercado de trabalho tem condição efetiva de transformar vidas. Além disso, com educação de qualidade, temos uma indústria mais produtiva e competitiva”, afirma o diretor geral do SENAI e Delegado Oficial do Brasil na WorldSkills, Gustavo Leal.
Mais sobre a WorldSkills
A WorldSkills, maior competição mundial de profissões técnicas, testa habilidades individuais e coletivas de jovens de até 25 anos recém-formados ou que estão cursando a educação profissional. Durante as provas, eles realizam uma série de tarefas de alto nível técnico e dentro de padrões internacionais de qualidade.
O torneio, criado em 1950, é uma oportunidade para os países prepararem as instituições de ensino e a força de trabalho para as novas tecnologias do mundo do trabalho, já que as ocupações e as provas da competição são regularmente atualizadas.
O Brasil teve sua primeira participação em 1983 e é uma das referências no torneio.
Em Kazan em 2019, a delegação, formada por 63 competidores, conquistou o 3º lugar no ranking geral de soma de pontos e 13 medalhas: duas medalhas de ouro, cinco de prata, seis de bronze e 28 certificados de excelência. O Paraná fez parte desse pódio, conquistando para o Brasil uma medalha de prata e dois certificados de excelência.
Neste ano, em Lyon, além dos oito pódios e das 27 medalhas de excelência, o país ficou na 2ª colocação da soma de pontos, atrás da China e seguido por França, Taiwan e Índia.