Sétima edição do Seminário de Logística Reversa reforça importância da conscientização ambiental e sustentabilidade

Dados brasileiros de controle e retorno de resíduos são preocupantes, menos de 5% é reciclado em todo o país.

Foi realizada nesta quarta-feira (30), a 7ª Edição do Seminário Paranaense de Logística Reversa, maior e mais tradicional evento sobre o tema no Estado do Paraná. Neste ano, o seminário fez parte do 1º Encontro Paranaense de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade (EPMAIS).

O coordenador do Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Fiep, Nilo Cini Junior, iniciou o painel com a provocação sobre planejamento que temos em todas as ações do nosso dia a dia, como trajeto, lista de compras de supermercado e uma pequena reunião com os amigos em casa. Tudo envolve planejamento, gestão de tempo, divisão de tarefas. E, ao final, a gestão dos resíduos. É aí que entra a logística reversa, cujo propósito é garantir o retorno de bens ou materiais após o consumo, visando minimizar o impacto ambiental e maximizar o valor residual de produtos descartados. Nilo, que também é presidente do Instituto Brasileiro de Logística Reversa (ILOG), apresentou um panorama geral sobre as possibilidades de trabalhar a logística reversa e pontuou que as práticas são uma via de mão dupla, devem ser levadas para casa e para o trabalho e vice-versa. Os conceitos aplicados na indústria podem ser trazidos para o dia a dia. Os dados brasileiros as respeito do controle de resíduos são desafiadores, o Brasil recicla menos de é um dos que mais produz resíduos no mundo e recicla menos de 5%.

Rafael Costa, do InPAR – Instituto Paranaense de Reciclagem, trouxe um breve histórico sobre a reciclagem desde os tempos antigos, e abordou também a responsabilidade compartilhada em relação a sustentabilidade. Costa mostrou um panorama nacional e estadual da logística reversa e quais os desafios perante a legislação.

Gesner Oliveira, representante da GO Associados, abordou de maneira profunda os aspectos e incentivos econômicos ligados à reciclagem, destacando como as políticas públicas têm um papel essencial no apoio a essa prática em diversos setores. Oliveira enfatizou as oportunidades que a reciclagem oferece à economia brasileira no contexto atual, ressaltando que, além de reduzir o desperdício de recursos, ela impulsiona setores estratégicos e promove o desenvolvimento sustentável. Segundo ele, uma abordagem mais ampla e integrada de reciclagem pode fortalecer a economia nacional, gerando empregos e alinhando-se às tendências globais de economia circular e responsabilidade ambiental.

O seminário também contou com a apresentação da coordenadora de Saneamento Ambiental e Economia Circular na Secretaria do Desenvolvimento Sustentável do estado do Paraná (Sedest), Isabella Tioqueta e finalizou com sessão de perguntas e respostas moderadas pelo presidente do Sinpacel, Rui Brandt.

Para encerrar a programação, o painel de Economia Circular apresentaou uma visão geral do tema, com foco na recente “Estratégia Nacional de Economia Circular” e na “ISO 59.000”. Após essa introdução, serão expostos casos práticos do Hub Incríveis, COCAL e Votorantim, trazendo soluções inovadoras e debatendo os desafios para a adoção de práticas circulares nas indústrias. Participaram do painel Natacha Britschka, da FIES), Simone Carvalho, da ABIPLAST e Gustavo Aizzo, da COCAL. Para ilustrar os cases em Economia Circular, se apresentaram Ramon Jung, da Baanko, Eduardo Porcíncula da, Votorantim/Verdera e Ricardo de Morais, pesquisador do Senai Paraná.

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