Indústria quer mais agilidade para patentes e registros

CNI discute a propriedade intelectual durante Congresso de Inovação

Chegam ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi) todo ano cerca de 20 mil pedidos de registro. A falta de profissionais para analisá-las faz com que a demora na concessão seja de até oito anos. Um empresário que entre na fila hoje terá à sua frente 120 mil pedidos de patentes e 600 mil marcas em avaliação.

“A inovação na indústria é muitas vezes barrada pela burocracia. Queremos estimular a entrada de pesquisadores no setor industrial e ao mesmo tempo a agilidade na concessão de patentes resultantes do trabalho deles “, diz o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures.

A propriedade intelectual abrirá o último dia do Congresso de Inovação na Indústria, que acontece de 26 a 28 de outubro no Espaço Villa Noah, em São Paulo e é organizado pelo Conselho Temático de Política Industrial e Desenvolvimento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), presidido por Loures. Falam sobre o tema o presidente do Inpi, Roberto Jaguaribe e o diretor de Operações da CNI, Marco Antônio Guarita, entre outros.

Por meio do Núcleo de Propriedade Intelectual, ligado ao Programa Inova Senai Paraná, a Fiep desenvolve ações explicativas sobre legislação e procedimentos relacionados ao registro de patente, e estimula a inclusão do assunto inovação nas escolas, faculdades e indústria.

O assunto exige perseverança. A Seccional, fabricante de estruturas verticais para telecomunicações, iluminação e transmissão de energia da região de Curitiba, é a única no mundo a usar o vácuo a seu favor. A descoberta e desenvolvimento dessa tecnologia só foi possível graças a uma rede de pesquisadores formada em torno da empresa.

São 23 profissionais, contratados pela empresa ou parceiros de outras instituições. “Tivemos essa inspiração há muito tempo. Pesquisamos há 30 anos, unindo eletricidade, temperatura e elasticidade”, lembra o diretor Paulo de Abreu.

Mesmo assim, o processo de aceitação pelo mercado foi lento. Com essa nova solução em mãos já em 1996, a patente só foi concedida em 2001. Quando enfim ela foi obtida, o resultado foi o aumento de 215% no faturamento nos últimos dois anos. Hoje a Seccional possui patentes de seu sistema em países dos cinco continentes. “Somos pioneiros usando exclusivamente a inovação e material 100% brasileiro”, destaca Abreu.


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