Sistema Fiep é parceiro do evento, que acontece no Cietep, em Curitiba
Profissionais de design industrial, artistas e artesão participarão do Salão Nacional, do Congresso e da Feira de Cerâmica, de 24 a 28 de maio
Profissionais de design, artistas e artesãos, estudantes e especialistas estarão em Curitiba, de 24 a 28 de maio, para participar do Salão Nacional de Cerâmica, do Congresso Nacional e da Feira Nacional de Arte Cerâmica. Tudo envolvendo os segmentos artístico, popular e industrial. O Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) é parceiro na realização do evento, que é organizado pela Secretaria de Estado da Cultura, através do Museu Alfredo Andersen.
Cerca de três mil pessoas são esperadas no Salão, Congresso e Feira, que acontecem no Cietep e que têm entre os principais objetivos estimular o processo criativo, incentivar novas pesquisas e possibilitar conhecimento de novas técnicas, além de abrir espaços para exposição e divulgação do produto final. O evento, que é bienal, ganhou abrangência nacional neste ano, graças à ampliação das parcerias para sua realização.
O Salão Nacional de Cerâmica reunirá peças de cerâmica artística, popular e de design industrial. O Congresso terá 26 oficinas e 14 palestras de especialistas nestes três segmentos e a Feira da Arte Cerâmica terá participação de indústrias do setor, do Paraná e do Brasil.
Nesta semana, quinta e sexta-feira (11 e 12), acontece a segunda etapa do processo de seleção dos participantes do Salão Nacional de Cerâmica. Ao todo, inscreveram-se 400 candidatos (artistas, artesãos e profissionais do design industrial). Destes, já foram selecionadas 142 peças. Deste último processo sairão três premiados de cada segmento.
A premiação aos vencedores abre o evento, às 20 horas do dia 24 de maio, no Cietep. Serão três prêmios: o do Governo do Estado, Secretaria da Cultura e Museu Alfredo Andersen – no valor eqüitativo de R$ 6 mil, para as categorias design e artística. A categoria popular será subdividida em religiosa, decorativa ou utilitária e folclórica. Assim, terá nove prêmios de R$ 2 mil.
Congresso – Logo após a abertura do Salão, no período entre o dia 25 e 29 de maio, acontece o Congresso Nacional de Cerâmica com debates e oficinas voltadas para profissionais e estudantes da área.
Entre os destaques das 26 oficinas está a exclusiva para deficientes visuais. Ainda há vagas para participação em todas as oficinas. Também continuam abertas as inscrições para a Feira e para o Congresso. Informações e inscrições são feitas no Museu Alfredo Andersen (Rua Mateus Leme, 336, Curitiba), pelo telefone 3222-8262 www.pr.gov.br/maa).
Programação de Oficinas do 1º Congresso Nacional de Cerâmica
CHULUCANAS – Um jeito especial de fazer cerâmica Máyy Koffler (SP) – sobre a técnica do Paleteado. Técnica tradicional da cerâmica pré-colombiana, em especial, as presentes inicialmente na Cultura Vicús (Norte do atual Peru, florescente de 500 a.C. até 500 AD) e até hoje praticadas pelos habitantes locais.
Cerâmica Popular – Temas folclóricos Maria Cândido Monteiro Rafael (CE) – Processo produtivo para confecção de peças em cerâmica, desde a preparação do barro até a pintura, focando o folclore nordestino.
Engobes – Sylvia Goyanna (RJ) – Interferência em peças cruas: possibilidade de cor, textura e relevos.Composição dos engobes e técnicas de aplicação :Pintura, Decoração embutida, “Sgraffito”, Máscara de papel, “Slip trailing”.
Módulo, Multiplicação, Decomposição e Recomposição – Norma Grimberg (SP) – Propõe a exploração das possibilidades criativas na cerâmica escultórica através das formas multiplicadas em moldes pelo processo da fundição com barbotina.
Fabricação de Moldes de Gesso – utilizados para reprodução de peças. Risolete Bendlin (PR) – Técnicas de fabricação de moldes que oferecem um leque de possibilidades para o ceramista artesanal ou industrial, facilitando a produção de uma determinada peça para sua comercialização.
Vidro a fogo – Ronaldo Gomes Domingos (SC) -Confecção de objetos com vidro utilizando a técnica modelagem a fogo -técnica de Murano, com base nos estudos do Curso na Área Vidreira do Mestre Italiano Mauricio Zane.
Paneleiras de Goiabeiras – Rosemary Loureiro Amorim (ES) -Vinda da Associação das Paneleiras de Goiabeiras – arte de moldar manualmente as panelas de barro, típicas daquela localidade.
Alta temperatura – Jacy Takay (SP) – Construção de peças com argilas adequadas para temperatura alta, através de cordel, placas, formas, etc. Aplicação de esmaltes e queima.
Cerâmica Mestre Zezinho – Zézinho de Tracunhaém (PE) Santeiro famoso de Tracunhaém vai repassar suas técnicas a ensinar o preparo da massa cerâmica com os pés, modelagem, queima em forno de lenha.
Artesanato – expressão cultural Maria Cheung (PR) – prática de modelagem em argila e teórica, objetivando reconhecer o artesanato; pesquisar e identificar ícones culturais regionais; adequar e intervir ( forma, dimensão, função, etc).
Modelagem em torno – Lei Galvão Cunha (SP) – Oportunizar aos participantes a possibilidade de conhecer o uso do torno na produção de peças, assim como a utilização de interferências e texturas na valorização dos trabalhos.
O Barro – princípio de um caminho que sempre se solidifica, Rosalvo Santana (BA) – Ceramista famoso da região Maragogipinho, vem repassar sua teoria e prática na produção de objetos de cerâmica popular.
Traços e Formas I e II – Cerâmica da Amazônia Déo Almeida (PA) – Cultura amazônica utilizando técnicas indígenas.
Construção de figuras com detalhes – Arley Lopes (PR) – Técnicas de modelagem para construção de personagens tipicamente paranaenses.
Cor e Fogo – Alice Yamamura (PR) – Adquirir procedimentos e técnicas básicas da técnica do RAKU e do RAKU NU.
Cerâmica um novo olhar – Clara Fonseca (RJ) – Público alvo: Deficientes Visuais. Oficina mista de sensibilização e modelagem para deficientes visuais e participantes videntes para compartilharem a experiência do tato.
Vidro – Técnica de Fusing – Loire Nissen (PR) – Fornecer conhecimentos básicos da técnica de “fusing” em vidro, aplicada a criação de produção de objetos.
O ceramista ecologicamente correto e a autonomia do “fazer cerâmico”
Tito Tortori ( RJ) – O objetivo é apresentar o método prático de formulação de esmaltes desenvolvidos pelo professor a partir de métodos de cálculo científico (químico).
Ninho e casulo: Rosana Bortolin (SC) – Modelagem a partir da observação e valorização de imagens do cotidiano.
Cerâmica na Educação – Fabíola Cirimbelli Búrigo Costa (SC) – Público alvo: Professores de arte-educação Conhecimentos téorico-prático, didático-pedagógico, estético-cerâmico, pela aproximação com o universo de produção desenvolvido no contexto escolar.
Fornos alternativos (somente pela manhã) Antonio Luiz Paez (Argentina) Transmitir aos participantes a idéia de que se pode queimar a cerâmica com elementos econômicos.
Fabricação de lápis cerâmicos (somente pela tarde) Antonio Luiz Paez (Argentina). Despertar o da fabricação e utilização de giz, crayons e lápis cerâmicos como outra forma de decoração, diretamente associado ao desenho.
Criatividade em Design de superfície – Majoî Ainá Menezes Vogel (SC) -Explorar o universo de possibilidades criativas para o design de superfícies cerâmicas, mais especificamente cerâmica de mesa e revestimentos.
Esmaltes Cerâmicos – Flávia Vanderlinder (SP) – Formulações e acertos de qualidade de esmaltes cerâmicos de baixa e alta temperatura.
Ninho e Casulo: uma possibilidade de criação Rosana Bortolim (SC) Modelagem a partir da observação e valorização de imagens do cotidiano.
Mosaico Cerâmico Artesanal – Zaira Ribeiro da Silva Piovesan (SC) Técnicas de aplicação em objetos decorativos planos e redondos e em outros suportes como painéis, paredes, pisos e móveis.