Idéias para o Brasil

Fiep e Faciap entregam propostas dos empresários paranaenses a Lula

Fiep e Faciap entregam propostas dos empresários paranaenses a Lula

Todos os candidatos à presidência estão recebendo o documento com idéias para o desenvolvimento do país


O presidente da Federação das Indústrias  do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, e o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), Jefferson Nogaroli, entregaram ao candidato à reeleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um documento com propostas dos empresários paranaenses para o Brasil.  A entrega aconteceu durante a 16ª Convencão da Faciap, em Foz do Iguaçu.  

O documento apresenta Propostas Portadoras de Futuro para o desenvolvimento do País pautadas em cinco pontos – crescer com estabilidade acima de 5% ao ano, assegurar taxas de juro real básicas da ordem de 3% ao ano, inovar na governança da política econômica, redefinir uma educação geral voltada ao empreendedorismo e a criatividade, com ênfase especial na capacitação tecno-profissional, e implementar uma profunda reforma política para consolidar a democracia brasileira.

Todos os postulantes à Presidência da República vão receber o documento, que já foi entregue aos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin. Além da Fiep e da  Faciap, também assinam o texto a Fecomércio, Faep, Fecopar, ACP e Fetranspar.

“O objetivo da elaboração destas propostas é a retomada do crescimento do País em bases sustentáveis”, afirma Rocha Loures. Segundo ele, para recuperar os atuais baixos índices de crescimento econômico, que nos colocam a reboque do mundo e da América Latina, devemos recuperar a capacidade de investimento com o aumento da poupança interna, a desoneração tributária, a redução da despesa publica e da carga tributária.

O documento entregue a Lula apresenta um diagnóstico econômico do Brasil nos últimos 25 anos. Os dados revelam que neste período a renda per   capita média do brasileiro cresceu somente 0,43% enquanto a mundial atingiu 1,04%. No mesmo período, cresceu o distanciamento do Brasil em relação à economia mundial, especialmente aos países emergentes, como China e Índia.

Entre 1996 e 2005 o PIB do Brasil expandiu-se de 22,4% enquanto a economia mundial registrou crescimento de 45,6%. Ou seja, a perda em termos econômicos neste último decênio atingiu 17%. Se o Brasil mantiver este ritmo, alerta o documento, levará um século para dobrar a renda per capita e chegar próximo à registrada hoje pela Coréia do Sul ou Portugal.

Os números apresentados no texto mostram o efeito perverso do baixo
dinamismo da economia e o crônico descompasso entre a procura e a oferta de postos de trabalho. Cerca de 4 milhões de brasileiros entre 18 e 24 anos estão desocupados, um número que representa 45% do desemprego total. Enquanto o desemprego geral fica em torno de 10,5%, o dos jovens chega a 22%.         

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