Dia da Mulher

Senai propõe reflexão sobre a mulher no mercado de trabalho

Senai propõe reflexão sobre a mulher no mercado de trabalho

Videoconferência transmitida para todo o país apresenta indicadores que revelam o perfil da profissional e o crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho


O Departamento Nacional do Senai promoveu nesta quinta-feira (8) a videoconferência “A Mulher no Mercado de Trabalho”, transmitida simultaneamente para todo o país. No Senai Paraná, a videoconferência foi assistida no Senai Cietep, em Curitiba. “A força e a presença feminina no mercado de trabalho não se dá somente por números, mas também pela qualidade. No Dia Internacional da Mulher queremos propor uma reflexão sobre o papel da mulher no mercado de trabalho”, resumiu a diretora da Operações do Senai DN, Regina Torres, que abriu o evento apresentando diversos indicadores sobre a participação da mulher nos cursos de formação profissional do Senai e ações que a instituição desenvolve para melhorar estes índices. De acordo com ela, atualmente, as mulheres são responsáveis por cerca de 20% do total (em torno de 2 milhões) de matrículas nos cursos do Senai.

No Paraná, a videoconferência atraiu representantes do poder público e do setor empresarial. “Trata-se de uma ótima oportunidade para debater e encontrar soluções para as dificuldades que as mulheres encontram no mercado de trabalho”, considerou Marlete Clara Simões, coordenadora, no Paraná, do Programa Senai de Ações Inclusivas.

A videoconferência mostrou que da década de 90 até hoje mais de 50% das micro e pequenas empresas do Brasil estão sob a liderança de uma mulher. “Este indicador revela o espírito empreendedor das mulheres”, observou Regina Torres. Além disso, também foram apresentados números que retratam o perfil da mulher trabalhadora: 42% das mulheres ocupadas na economia têm 11 anos ou mais de escolaridade; 30% das empregadas têm carteira assinada e atuam em profissões técnicas ou superior e, em admissões na indústria; 30% da participação feminina ocorrem no 1.º emprego e 20% no 2.º emprego.

Regina revelou que as mulheres são responsáveis por pouco mais de 290 mil matrículas nos cursos do Senai de todo o Brasil, o que representa cerca de 20% do total de matrículas da instituição. “Ainda é tímida a presença de mulheres nos cursos do Senai”, disse a diretora de Operações. Segundo ela, os cursos mais procurados pelo público feminino concentram-se nos setores do vestuário, têxtil, alimentos e bebidas, couro e calçados. “Mas, nos últimos anos, registramos um aumento na procura por formação em áreas tradicionalmente masculinas como eletroeletrônica, informática, metalmecânica, segurança no trabalho, gestão e telecomunicações”, enumerou Regina.

Participaram do evento, realizado em Brasília, a ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, e a diretora do escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Laís Abramo. “O nosso desafio consiste na busca pela autonomia econômica das mulheres. Além disso, a OIT preocupa-se também com a qualidade deste trabalho”, comentou Laís.

A ministra Nilcéa Freire encerrou a videoconferência destacando que houve melhorias nos indicadores femininos do mercado de trabalho, mas que ainda há muito a ser feito. “A desigualdade ainda é significativa, mas vem diminuindo. A questão da formação profissional é chave para alterarmos esta realidade”, finalizou a ministra.

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