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O projeto “Luvas de Proteção Dorsal”, desenvolvido pelo aluno do Senai Paraná Celso Aparecido do Santos, conquistou a primeira colocação no prêmio nacional Inova Senai, na categoria Produto Inovador. Ele concorreu com 20 trabalhos feitos por alunos de outros estados. A premiação aconteceu neste sábado, no Rio de Janeiro, em paralelo à Olimpíada do Conhecimento.
A luva desenvolvida por Celso é anatômica, leve e funcional e visa a ampliar a segurança do trabalhador que opera máquinas utilizadas nas indústrias de calçados. “Confesso que já esperava ganhar o primeiro lugar. Agora vai ser mais fácil encontrar uma empresa parceira”, comemorou o rapaz, informando que já conseguiu a patente do projeto. Além de troféu, Celso ganhou um notebook. A unidade do Senai de Apucarana, onde o aluno estudou, também foi premiada com um data show.
O diretor regional do Senai Paraná, João Barreto Lopes, prestigiou a premiação. Ele destacou a preocupação do aluno em criar algo para otimizar a qualidade de vida dos trabalhadores. “Foi um projeto fiel aos conceitos de sustentabilidade”, disse. “O resultado reflete a busca do Sistema Fiep por isso”. Barreto informou que para estimular cada vez mais os processos de inovação entre os alunos, o Senai vai investir ainda mais em treinamentos para professores e cerca de R$ 20 milhões em máquinas, equipamentos e instalações.
Qualidade de vida do trabalhador
Logo que começou a trabalhar em uma indústria de confecção de calçados como operador de máquina, Celso não se conformou em ficar com lesões e calos nas mãos por conta do trabalho que faria. O equipamento de proteção para esse tipo de trabalho era desconfortável e não protegia o suficiente para evitar as machucaduras, lembra o jovem que foi aluno do curso Técnico em Segurança do Trabalho do Senai Apucarana.
Para resolver o problema, Celso confeccionou o acessório, testou em si próprio e em alguns colegas, e finalizou o produto quando teve a aceitação dos operadores. “A ideia surgiu em sala de aula, quando prestei atenção e segui o que o professor indicava. Vi que era possível aplicar alguma coisa para resolver minha situação”, conta. Segundo dados do IBGE, o setor calçadista emprega 300 mil pessoas no Brasil.