Cláudia, do Ibram: meta é o país se tornar referência internacional em segurança no setor mineral (Foto: Rogério Theodorovy)O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) apresentou nesta terça-feira (09), em um encontro promovido pelo Conselho Setorial da Indústria da Mineração da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), o MinerAÇÃO – Programa Especial de Segurança e Saúde Ocupacional. Criado em 2007, o projeto começou com algumas empresas associadas ao Ibram e agora está sendo expandido para todo o setor com o objetivo de provocar um salto na qualidade da gestão de riscos nas empresas mineradoras brasileiras.
Para dar escala ao projeto e permitir que ele atenda pequenas e médias empresas, o Ibram está fazendo parcerias com outras instituições, entre elas o Sesi-DN, que vai promover cursos voltados para as necessidades da indústria da mineração. Os projetos-pilotos dessa parceria do Ibram com o Sesi serão no Paraná e em Minas Gerais. Outra parceria do projeto é com a Universidade de São Paulo (USP).
Além de cursos, o projeto MinerAÇÃO traz diversas ferramentas para apoiar as empresas no cumprimento de normas de segurança e saúde no trabalho. Em uma frente, técnicos acompanham as mudanças regulatórias que podem representar alguma alteração na forma como as empresas trabalham o tema da segurança. Além disso, o Ibram desenvolveu uma metodologia que permitirá a criação de um banco de dados com informações dos participantes do projeto. Com indicadores, as empresas terão condições de perseguir metas e descobrir as áreas em que podem melhorar sua gestão. As melhores práticas que aparecerem nesse processo serão depois difundidas.
“Precisamos melhorar a imagem do setor e espalhar a cultura da segurança do trabalho. As perdas provocadas pela falta dessa cultura são muito grande, tanto pessoais quanto materiais”, disse a coordenadora do programa do Ibram, Cláudia Pellegrinelli. Segundo ela, as empresas do setor precisam estar atentas a um crescente interesse das autoridades brasileiras em fiscalizar o cumprimento de normas de segurança. “Mas o setor tem condições de atender essas regras e evoluir para um nível de excelência. Queremos ser referência internacional”, completou Cláudia.
O MinerAÇÃO está aberto à participação de qualquer empresa do setor, independentemente da filiação ao Ibram. Para as pequenas e médias, o custo de adesão é mais baixo – R$ 200 por mês. Ao entrar no programa, as empresas passam a ter acesso ao banco de dados do projeto, podem requisitar cursos de seu interesse e receber informações online sobre soluções para problemas que encontrarem no cumprimento das normas.
“Fizemos questão de trazer esse programa para nossas mineradoras. Os dados mostram que o setor tem muito para evoluir na área de segurança e saúde do trabalho. As mineradoras modernas precisam mostrar profissionalismo na maneira como lidam com essas questões”, disse Cláudio Grochowicz, coordenador do Conselho Setorial da Indústria Mineral.