Nelson Tortosa, do BNDES: estreitando o relacionamento com o empresariado (Foto: Gilson Abreu)Representantes do BNDES apresentaram a empresários paranaenses, nesta terça-feira (23), em Curitiba, as linhas de crédito do banco voltadas para indústrias de bens de capital. Os principais programas detalhados possibilitam alternativas para a capitalização das empresas e a execução de projetos de engenharia. O evento foi organizado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que mantém um posto avançado de informações sobre os financiamentos oferecidos pelo BNDES.
Uma das linhas apresentadas pelo banco no encontro foi o BNDES Procap BK. Ele é voltado para fabricantes de máquinas e equipamentos, veículos automotores, componentes, autopeças e outras indústrias do setor metalmecânico. O programa possibilita a capitalização de empresas constituídas sob a forma de sociedade anônima ou limitada, que possuem receita operacional bruta anual de até R$ 300 milhões. O financiamento pode ser concedido tanto diretamente para as próprias empresas, quanto para seus associados ou cotistas que queiram aumentar sua participação no negócio. Pode ser disponibilizado ainda para empregados não acionistas dessas indústrias, para que se tornem sócios das empresas.
“Esse programa nasceu de solicitações do empresariado, com forte articulação da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos”, conta o gerente do Departamento de Relacionamento com Agentes Financeiros e Outras Instituições do BNDES, Nelson Tortosa. Ele explica que o valor máximo do financiamento nessa modalidade não pode superar 30% do patrimônio líquido total da empresa. No caso do empréstimo para que empregados se tornem acionistas, a adesão mínima do crédito deve ser de 25% do total da folha de pagamento da companhia.
Tortosa acrescenta que as indústrias de bens de capital que optam pelo BNDES Procap BK podem solicitar também até R$ 150 mil para a capacitação dos empregados ou acionistas que vão aderir ao programa, além da realização de estudos de viabilidade da estratégia de capitalização. O gerente afirma ainda que, para aprovação desse tipo de financiamento, é preciso que a empresa contemple algumas especificidades, como a apresentação de um plano de negócios que justifique a capitalização. “É importante ressaltar também que os recursos dessa linha não podem ser usados para pagamento de dívidas, mas para alçar a empresa a um outro patamar”, diz Tortosa.
Engenharia
Outro programa apresentado aos empresários paranaenses foi o BNDES Proengenharia. Lançado em 2008, ele já disponibilizou quase R$ 1,5 bilhão para a implantação de projetos de engenharia destinados ao desenvolvimento de novos produtos ou processos produtivos nas indústrias. O valor mínimo de financiamento para cada empresa é de R$ 3 milhões, que podem ser utilizados apenas nos projetos especificados na proposta de solicitação do crédito. O dinheiro pode ser gasto na compra de máquinas e equipamentos, contratação de mão de obra, testes e ensaios laboratoriais, registro de patentes no Brasil e no exterior, realização de obras civis e aquisição de softwares. O Proengenharia tem vigência até o fim deste ano, prazo máximo para que as empresas solicitem o crédito.
Para Nelson Tortosa, eventos como o promovido pela Fiep nesta terça é importante para que o BNDES conheça as expectativas dos empresários em relação às linhas oferecidas pelo banco. “Esses encontros são fundamentais para estreitar o relacionamento do BNDES com o empresariado. E no Paraná temos um grande parceiro na Federação das Indústrias, que tem possibilitado ao banco a realização desses eventos”, afirmou.
Para mais informações sobre os financiamentos oferecidos pelo banco estatal e as condições necessárias para que as empresas possam solicitá-los, as indústrias paranaenses podem procurar o Posto de Informações Fiep/BNDES, mantido pela Gerência de Fomento e Desenvolvimento da Federação. O atendimento é feito pelo telefone (41) 3271-7495 ou pelo e-mail eduardo.kossovski@fiepr.org.br. “A área de fomento da Fiep é especializada em levar às indústrias paranaenses alternativas para alavancar seu desenvolvimento, e o posto de informações do BNDES é mais uma contribuição para isso”, afirma o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Fiep, Sandro Nelson Vieira.