O diretor executivo do Centro Internacional de Inovação (C2i) do Sistema FIEP, Filipe Cassapo, voltou do Global CEO Conference, que aconteceu na China semana passada, com novidades para o Brasil. Como representante do País, ele assinou um acordo de cooperação com os demais países que compõem o BRICS. A assinatura do documento aconteceu durante o encontro, que reuniu CEOs (Chief executive officer, ou diretor geral) de diversos países para compartilhar experiências e discutir novas possibilidades de crescimento.
Cassapo viajou a convite do Centro Internacional de Formação de Atores Locais (Cifal) de Shanghai, órgão ligado às Nações Unidas cuja representação na América Latina está sediada na Fiep, em Curitiba. “Além de apresentar o trabalho do C2i na conferência, e mostrar como ele de fato criou um ambiente propício à aceleração do empreendedorismo inovador, assinamos este documento voltado ao desenvolvimento das indústrias dos BRICS”, esclarece Cassapo. O BRICS é uma organização política de cooperação composta pelos países Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
O diretor do C2i explica que o acordo prevê o compartilhamento de informações, necessidades e focos estratégicos em termos de inovação. “A intenção é facilitar o intercâmbio de informações e as oportunidades de negócios entre as indústrias desses países”, explica. “Isso vai culminar rapidamente em um ambiente de web para começarmos os primeiros trabalhos de compartilhar informações sobre necessidades e ofertas tecnológicas desses países em termos de empreendedorismo e inovação”, completa.
Cassapo defende que os trabalhos comecem com ações simples e pragmáticas. “Precisamos atender rapidamente às necessidades reais das indústrias e agregar valor”, considera. “A proposta aprovada é compartilhar informações de demandas e ofertas tecnológicas que podem levar à parcerias internacionais e licenciamentos de patentes. Mapear isso é algo fácil de ser feito”, completa. A partir disso será possível já promover rodadas de negócios concretas.
O diretor do C2i avalia positivamente o encontro e o acordo também no contexto econômico mundial. “Pelo momento que o mundo passa, os chamados emergentes têm a responsabilidade de puxar, com seu crescimento, a retomada do desenvolvimento da economia mundial”, analisa. “Além de dar a contribuição importante para o país, também posicionamos o Paraná como estado inovador que foca nestas questões do futuro”, completa, destacando o papel do Cifal. “Aproveitamos para também conversar sobre tentar trazer um capítulo regional da conferência para o Brasil”.