

O presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, classifica como acertada a decisão da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, de homologar as delações da Odebrecht. Na manhã desta segunda-feira (30), a ministra deu aval aos mais de 800 depoimentos de 77 executivos e ex-funcionários da empreiteira, fazendo com que a partir de agora passem a ser utilizados como prova nas investigações da operação Lava Jato.
“Foi uma decisão acertada, em que a ministra mostra responsabilidade com o país e consideração com a sociedade, que exige a completa apuração dos escândalos de corrupção que tanto prejudicam o Brasil”, afirma Campagnolo. O presidente da Fiep destacou ainda a celeridade com que Cármen Lúcia conduziu a questão, tendo homologado as delações menos de duas semanas após o falecimento do ministro Teori Zavascki, até então responsável pela Lava Jato no STF. “Essa agilidade é importante para que não pairem dúvidas sobre o prosseguimento da operação”, diz.
Campagnolo declara ainda que, independente dos impactos políticos que as delações da Odebrecht possam causar no meio político, é fundamental que governo federal e Congresso Nacional não deixem de lado a agenda para tirar o Brasil da complexa crise econômica em que se encontra. “Um eventual aprofundamento da crise política não pode interferir na tomada de decisões para que o Brasil recupere seu dinamismo econômico e volte a crescer. Mais do que nunca, a classe política precisará colocar os interesses do país acima de interesses pessoais ou partidários”, afirma.