Suicídio: eventos trazem reflexão sobre o tema e são essenciais para a prevenção

Aconteceu no dia 12 deste mês, o 2º Seminário de Prevenção ao Suicídio, no Campus da Indústria, em Curitiba, promovido pelo Centro de Inovação Sesi em Longevidade e Produtividade (CIS LP), em parceria com o Programa Cuide-se Mais Saúde Mental, ambos do Sesi no Paraná. O evento contou com a participação do psiquiatra Marcelo Daudt […]

Aconteceu no dia 12 deste mês, o 2º Seminário de Prevenção ao Suicídio, no Campus da Indústria, em Curitiba, promovido pelo Centro de Inovação Sesi em Longevidade e Produtividade (CIS LP), em parceria com o Programa Cuide-se Mais Saúde Mental, ambos do Sesi no Paraná.

O evento contou com a participação do psiquiatra Marcelo Daudt Von Der Heyde, da psicóloga Dione Maria Menz e do empresário Heitor Côrtes Netto. O evento enfatizou a importância de ter mais informações disponibilizadas sobre o tema para contribuir com a prevenção do suicídio de trabalhadores.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no mundo, a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio, o que totaliza por ano quase 800 mil mortes. Para o CIS LP, é fundamental estabelecer estratégias para reduzir fatores que colocam pessoas vulneráveis em risco.

Segundo o empresário Heitor Côrtes Netto, a direção de qualquer empresa precisa gostar e saber lidar com pessoas, pois se não houver sensibilidade vinda dela, também não haverá mudanças. Além disso, o RH também deve ser orientado para identificar na equipe colaboradores que possam ter situações de vulnerabilidade mental. “ Nem sempre a pessoa que sofre de depressão está triste ou chorando, muitos mostram alegria extrema e acabam se suicidando”, afirma Heitor.

“O passo inicial fundamental para ajudar alguém com risco de cometer suicídio é escutá-la de forma afetiva e empática, evitando qualquer tipo de julgamento moral ou confrontação”, afirma o psiquiatra Marcelo Daudt Von Der Heyde. Para casos graves, ele explica que é importante sempre ter alguém junto da pessoa e ajudar na procura de um especialista mais avançado (clínicas ou CAPS para o sistema público de saúde). Em casos leves, também é importante procurar ajuda profissional.

Mudanças repentinas de comportamento são indicadores de que algo está errado. Segundo a Psicóloga Dione Maria Menz, essas pessoas passam a se esquivar de contato com outras e ficam mais distante de afetos, além disso, deixam de manter rotinas que haviam sido desenvolvidas e não gostam de falar sobre o assunto.

É importante ter cuidado ao tentar ajudar para não parecer uma intromissão. Para Dione “é fundamental estabelecer, com aquele que está em sofrimento, uma relação bastante genuína, colocar-se à disposição. Não basta apenas dizer que a pessoa precisa de ajuda, é necessário se dispor a acompanhá-la nesse caminho”.

O evento foi desenvolvido com a intenção de promover a reflexão sobre o tema saúde mental e emocional dos trabalhadores.

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