Indústria do Paraná mantém ritmo de crescimento e avança 5,3% no acumulado do ano

Mesmo com leve recuo em abril, setor industrial paranaense supera desempenho

A base industrial diversificada, capacidade exportadora e investimentos sustentaram o bom desempenho (Foto: Gelson Bampi)

A produção industrial do Paraná apresentou crescimento acumulado de 5,3% entre janeiro e abril de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de uma leve retração de 0,1% no mês de abril, tanto em relação a março quanto ao mesmo mês de 2024, o setor segue em trajetória positiva, com resultados acima da média nacional nos principais indicadores da pesquisa.

No recorte de 12 meses, encerrado em abril, a produção industrial paranaense avançou 5,6%, mais que o dobro da média brasileira, que foi de 2,4%. No acumulado do ano, o Paraná também se destaca com 5,3%, enquanto o Brasil registra crescimento de apenas 1,4%. Na comparação mensal, com ajuste sazonal, o Paraná teve queda de 0,1%, frente a uma alta de 0,1% observada no cenário nacional.

Na avaliação da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), os dados mostram a solidez do setor produtivo local, que mesmo diante de um contexto econômico mais cauteloso, segue respondendo com dinamismo. A combinação entre base industrial diversificada, capacidade exportadora e investimentos em segmentos estratégicos tem sido fundamental para sustentar o bom desempenho do estado.

Entre os setores que mais impulsionaram o crescimento industrial paranaense no acumulado de 2025 estão a fabricação de produtos químicos, com alta de 16,3%, e a produção de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis, com avanço de 14,1%. Também se destacaram as áreas de máquinas e equipamentos (10,3%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (10,1%), impulsionadas, sobretudo, pelas exportações.

Apesar do desempenho positivo no panorama geral, o mês de abril registrou retrações pontuais em alguns segmentos. A fabricação de bebidas caiu 5,7%, enquanto o setor de produtos de borracha e de material plástico recuou 9,5%. Os resultados refletem oscilações na demanda interna, além de ajustes nas cadeias produtivas de insumos industriais.

Mesmo com esse movimento de estabilidade no mês, o Paraná conquistou a terceira melhor performance industrial do país no acumulado em 12 meses, ficando atrás apenas do Pará (9%) e de Santa Catarina (7,4%). O desempenho do estado reflete a resiliência e a competitividade da indústria local em meio às incertezas da economia nacional.

As perspectivas para os próximos meses indicam manutenção do ritmo de crescimento, ainda que em compasso mais moderado. A demanda externa, especialmente da América do Sul, deve continuar favorecendo setores exportadores, como automotivo e químico. Além disso, o investimento contínuo em máquinas e equipamentos aponta para uma confiança do empresariado na expansão da capacidade produtiva. Por outro lado, fatores como taxa de juros elevada e menor dinamismo do consumo interno ainda impõem desafios à plena recuperação do setor. Mesmo assim, a tendência é de estabilidade com viés de crescimento, consolidando o Paraná como um dos polos industriais mais relevantes do país.

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