Representantes do setor produtivo e do governo do Estado se reuniram, na segunda-feira (15), na Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), para tratar de possíveis restrições que podem ser impostas a exportações paranaenses e brasileiras para a União Europeia. A Fiep e outras entidades empresariais, como Faep e Ocepar, pedem que o governo se mobilize para pleitear que o Paraná seja reconhecido como território de baixo risco ambiental nas normas da União Europeia sobre desmatamento, previstas no EUDR (European Union Deforestation Regulation).
Conduzida pelo diretor da Fiep Paulo Roberto Pupo, que coordena o Conselho Temático de Negócios Internacionais da entidade, a reunião contou com a presença do secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca, além de representantes de diversos órgãos estaduais.
O EUDR determina que produtos exportados à União Europeia estejam livres de desmatamento, cumpram as legislações locais e apresentem declarações de “devida diligência”. O Brasil foi classificado como país de risco padrão, o que impõe exigências mais rigorosas aos exportadores. Mas a regulamentação permite que territórios subnacionais recebam classificação própria. Por isso, o setor produtivo defende que o Paraná pleiteie, junto ao Parlamento Europeu, o enquadramento como área de baixo risco, o que permitiria um processo mais simplificado de exportação para os mercados europeus.
Os produtos abrangidos pelas novas normas incluem gado bovino, soja, madeira, café, cacau, borracha, óleo de palma e derivados de todos esses itens. Em 2024, as exportações paranaenses dessas mercadorias para a União Europeia somaram quase US$ 1,3 bilhão, com maior participação do complexo soja (US$ 881,1 milhões) e madeira (US$ 248,6 milhões).
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