Momento Inovação Senai encerra 2025 com cases que mostram a força industrial do Paraná

Encontro no Parque Tecnológico da Indústria mostrou avanços dos projetos do Senai e o impacto direto nas empresas

O Parque Tecnológico da Indústria recebeu, nesta quinta-feira (27), a última edição do Momento Inovação Senai de 2025. O encontro, criado para aproximar empresas, centros de pesquisa e gestores de linhas de fomento, reuniu apresentações técnicas, painéis de cases e demonstrações de ferramentas digitais que já começam a transformar o dia a dia das indústrias paranaenses.

“Hoje estamos realizando o último Momento Inovação do Senai em 2025. Já passamos por outros municípios e encerramos o ciclo em Curitiba. A proposta é levar informação, tecnologia e acesso a tendências para empresários e industriais, além de apresentar oportunidades de fomento para novos produtos e processos”, afirmou Fabiano, gerente de Tecnologia e Inovação do Senai Paraná, durante a abertura.

ISI Eletroquímica apresenta frentes estratégicas e resultados

Ao longo da programação, o Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica (ISI) apresentou um panorama atualizado de suas competências e do impacto direto gerado em projetos industriais. O instituto vem ampliando seu alcance estratégico e se consolidando como um dos principais polos de pesquisa aplicada em eletroquímica no país, área fundamental para o futuro da energia, da mobilidade e dos materiais avançados.

Três grandes frentes estruturam a atuação do ISI:

  • Smart Energy: dedicada ao desenvolvimento de baterias de nova geração, incluindo baterias de estado sólido, sistemas de armazenamento de hidrogênio e células a combustível. Entre os resultados, destacou-se o pack de baterias de 60 kWh criado com a Bosch e protótipos de recarga móvel para infraestrutura de e-mobility.
  • Smart Biosensors: voltada ao desenvolvimento de dispositivos de detecção rápida que unem eletroquímica, microfluídica e materiais funcionais. Entre os cases, biossensores capazes de identificar agentes bacterianos em menor tempo em ambientes hospitalares.
  • Smart Materials: responsável por materiais eletroquimicamente ativos e de alto desempenho, como soluções anticorrosivas estruturadas e compósitos para armazenamento de hidrogênio, aplicados em células a combustível com hidreto metálico.

O ISI também reforçou seus pilares de credibilidade: equipes altamente qualificadas — mais da metade composta por mestres e doutores — e um portfólio que deve ultrapassar R$ 150 milhões em 2025.

Acesso a fomentos acelera inovação nas empresas

Luiz Tiago Dalla Stella, coordenador de Relacionamento e Negócios do Senai Paraná Tecnologia e Inovação, detalhou a atuação da instituição na estruturação, captação e execução de projetos de PD&I. O Senai tem se consolidado como um dos principais facilitadores para empresas em busca de recursos estratégicos, apoiando desde a identificação de editais até a elaboração das propostas.

Entre os programas articulados estão Plataforma Inovação para a Indústria, Embrapii, Mover Senai, Finep e HubX IA. O apoio reduz barreiras, compartilha riscos e conecta empresas a institutos de inovação. O impacto é expressivo: nos últimos ciclos, mais de R$ 100 milhões em projetos foram aprovados, impulsionando modernização produtiva, digitalização e inovações disruptivas.

Cooperação com a indústria: Bosch e Loccus destacam avanços

Para Aézio Santos, gerente de Inovação da Bosch na América Latina, o desenvolvimento do powertrain elétrico nacional exemplifica a força da cooperação entre empresa, Senai e mecanismos de fomento. Ele lembrou que, em 2018, o Brasil ainda não tinha soluções robustas de eletrificação. Com o edital Rota 2030 e a parceria com o Senai — por meio do ISI Eletroquímica e do Centro de Mobilidade Sustentável — foi possível chegar à primeira plataforma nacional de powertrain de 400 volts.

A Loccus também destacou o impacto do Senai em sua trajetória de inovação. Para Monique Meyenberg, coordenadora de Inovação e Competitividade, a instituição foi decisiva para a obtenção dos primeiros registros de patentes da empresa, tanto pela capacidade técnica quanto pela qualidade das entregas. Ela ressaltou que a criação da célula interna de inovação, em 2023, fortaleceu governança e continuidade dos projetos com o ISI.

Aplicabilidade das tecnologias e visão da indústria

Gustavo Volci, coordenador de projetos da Renault do Brasil, avaliou como essencial o contato com tendências emergentes, especialmente em inteligência artificial. Já Wilson Segala, diretor de projetos da Resiquant, destacou que as soluções apresentadas em IA para microtarefas trazem novas oportunidades para otimizar processos internos.

Tecnologias emergentes fecham o evento

Encerrando a programação, Tony Ventura apresentou tendências e ferramentas que já estão redefinindo processos industriais. Entre elas, o HeyGen, para criação de avatares fotorrealistas multilíngues; o Lusha, que automatiza prospecção B2B; e o Fyxer, sistema que gera respostas automáticas de e-mail com o estilo do usuário. Ventura também demonstrou aplicações dos óculos com realidade mista da Meta e um drone autônomo guiado por IA, mostrando como tecnologias emergentes aceleram decisões e ampliam a eficiência industrial.

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