Sistema Fiep firma convênios para potencializar Programa de Descarbonização Sesi

No encerramento do 2º EPMAIS, presidente da entidade, Edson Vasconcelos, assinou termos de cooperação com a Sedest e com o BRDE

Edson Vasconcelos, Rafael Greca e Lisiane Astarita, durante a assinatura dos convênios (Fotos: Gelson Bampi)

Para potencializar as ações do recém-lançado Programa de Descarbonização Sesi, o presidente do Sistema Fiep, Edson Vasconcelos, assinou, nesta terça-feira (2), termos de cooperação com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) e com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). O programa, que conta ainda com a parceria da Fundação Araucária, tem o objetivo de apoiar indústrias paranaenses na transição para a economia de baixo carbono, alinhada à pauta ESG e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

A assinatura dos termos, que contou também com a presença do secretário do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca, marcou o encerramento do 2º Encontro Paranaense de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade (EPMAIS), realizado ao longo do dia no Campus da Indústria do Sistema Fiep, em Curitiba. Pelo convênio com o BRDE, será disponibilizado um edital em que as indústrias que concluírem o programa do Sesi poderão submeter projetos de descarbonização, com um aporte financeiro total de R$ 1,6 milhão que vai contemplar até 16 propostas.

Já na parceria firmada com a Sedest, as indústrias participantes do programa serão incentivadas a se inscrever no Selo Clima Paraná. A iniciativa da secretaria tem como objetivo reconhecer as boas práticas ESG desenvolvidas pelas organizações paranaenses, bem como acompanhar os resultados do monitoramento e medidas de mitigação de gases de efeito estufa, por meio do Registro Público Estadual de Emissões de Gases de Efeito Estufa, reforçando a reputação e o posicionamento de mercado das empresas.

Ao assinar os convênios, o presidente do Sistema Fiep ressaltou que as novas parcerias potencializam o programa criado pelo Sesi e reforçam o compromisso da indústria paranaense com o desenvolvimento sustentável. “O Paraná dá um grande passo com este projeto. Nós queremos mostrar que a indústria paranaense tem uma matriz energética sustentável, que o empresário paranaense é responsável”, afirmou, acrescentando que a iniciativa será importante também para aprimorar os inventários de emissões de pequenas e médias indústrias que são fornecedoras de importantes cadeias de valor.

Além disso, ressaltou que a descarbonização é fator essencial para que as empresas alcancem novos mercados. “Nós temos um grande desafio de mostrar para o empresário que fazer a rastreabilidade e ter a sua indústria com pegada zero vai garantir capacidade de a gente conseguir gerar e distribuir riqueza. Por isso, este é um projeto que, com certeza, deixará boas marcas”, completou Vasconcelos.

Já o secretário Rafael Greca destacou que o Paraná já possui índices elevados de desenvolvimento sustentável, mas que pode avançar ainda mais com ações como o Programa de Descarbonização Sesi. “Calcule se estabelecermos a descarbonização nos moldes desse excelente programa que o Sesi acaba de apresentar e calcule se mais empresas quiserem somar conosco na ideia da sustentabilidade”, disse. “Estejam atentos ao grande futuro da descarbonização, porque o novo nome da ética empresarial, para ter bom mercado, para ter bom preço, para ter todos os selos que os europeus e todos os outros mercados exigem, é descarbonização e sustentabilidade”, acrescentou.

Representando o BRDE, a gerente de Planejamento Lisiane Astarita lembrou que os recursos destinados ao programa são provenientes do Fundo Verde do banco. “É um fundo em que a gente direciona parte do nosso lucro para projetos não reembolsáveis de apoio a mudanças climáticas, ao apoio à sustentabilidade e à biodiversidade”, explicou. “Esperamos que as empresas se interessem e vamos fazer um fomento muito grande para que participem dessa jornada. É um projeto muito inovador e as empresas que passarem por toda essa jornada vão poder receber esses recursos a fundo perdido para executar os seus planos de ação”, completou.

Sobre o Programa de Descarbonização
O Programa de Descarbonização Sesi surgiu do fato de o Sistema Fiep, em seu compromisso com a competitividade e a sustentabilidade do setor industrial, reconhecer que a agenda de descarbonização deixou de ser apenas uma demanda ambiental e passou a integrar a lógica de negócios, acesso a mercados, reputação e financiamento. A transição para uma economia de baixo carbono tornou-se estratégica para a indústria paranaense, especialmente diante do avanço de marcos regulatórios e das exigências crescentes de cadeias produtivas nacionais e internacionais.

O programa foi desenvolvido justamente para apoiar indústrias em sua jornada de redução de emissões. Para isso, combina capacitação técnica, diagnóstico especializado, definição de metas e elaboração de planos de ação personalizados, com apoio para conexão com mecanismos de financiamento e fomento tecnológico. Ao participar, a indústria recebe orientação técnica especializada, conexão e apoio para estruturar projetos que poderão concorrer a recursos financeiros por meio de editais, fortalecendo sua capacidade de investimento em soluções de baixo carbono.

Inicialmente, o programa tem a intenção de atender 100 indústrias paranaenses, sendo aproximadamente 60 de médio porte e 40 micro e pequenas empresas. A meta é reduzir as emissões em até 150 toneladas de CO₂e as emissões por empresa, gerando um potencial total de 15 mil toneladas de emissões mitigadas. O programa tem duração entre 3 e 6 meses por ciclo, com turmas mensais de até 10 indústrias.

Etapas do programa
O Programa de Descarbonização Sesi está estruturado em cinco etapas evolutivas, que conduzem a indústria desde a conscientização até a implementação estratégica:

  • Etapa 1 – Oficina de Sensibilização e Capacitação: Panorama regulatório, tendências de mercado e benefícios da descarbonização, reforçando o papel estratégico da indústria na agenda climática.
  • Etapa 2 – Diagnóstico de Emissões (Inventário GEE – Escopos 1 e 2): Análise técnica do perfil de emissões e apoio na elaboração ou validação do inventário.
  • Etapa 3 – Definição de Metas de Redução: Apoio técnico para estabelecer metas alinhadas à estratégia de negócio e às referências internacionais (ciência do clima e setor produtivo).
  • Etapa 4 – Plano de Ação para Descarbonização: Modelagem de iniciativas de eficiência, tecnologia de baixo carbono e rotas de compensação ou remoção, com pactuação dos compromissos internos.
  • Etapa 5 – Remoção ou Compensação de Emissões: Capacitação sobre o mercado de carbono, análise de viabilidade de projetos e identificação de oportunidades de geração ou aquisição de créditos.
  • Encerramento e Reconhecimento: Apresentação de fontes de fomento, orientação para submissão de projetos, e convite para inscrição no Selo Clima (parceria com a SEDEST), com emissão de certificado de participação.

Indústrias que queiram participar do programa podem preencher o formulário de interesse e conferir o edital completo neste link.

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