

(Crédito: Adobestock)
A indústria paranaense fechou o mês de agosto com saldo positivo de 1.820 empregos com carteira assinada, somando os setores da indústria de transformação e da construção. Os dados, divulgados a partir do Novo Caged, mostram que a indústria foi responsável por quase 30% de todas as vagas formais geradas no Paraná no período. Setores de serviços e comércio foram os que mais abriram oportunidades no mês. Mesmo com esse resultado, houve queda de 30% no saldo em relação a julho, e retração de 57% frente ao desempenho de agosto do ano anterior, o que reflete uma desaceleração e um ritmo mais cauteloso no avanço da empregabilidade industrial.
No acumulado de 2025, o setor soma 34.928 novos postos de trabalho no estado, número 32% inferior ao registrado nos primeiros oito meses de 2024. O estoque de empregos industriais ativos, ou seja, a quantidade de pessoas empregadas no setor, em agosto, chegou a 997.802 vínculos, sendo 814.775 na indústria de transformação e 183.027 na construção. Já no acumulado de 12 meses, o saldo é de 27.607 empregos, com queda de 33% frente ao mesmo período do ano passado.
Setores em destaque e perspectivas
Entre os segmentos que mais contrataram no mês, a fabricação de produtos alimentícios lidera com 1.080 novas vagas, seguida pela fabricação de veículos automotores, com 338, e pelos serviços especializados para construção, com 310 empregos. Também contribuíram para o saldo positivo setores como confecção do vestuário, produtos plásticos, máquinas e equipamentos. Por outro lado, a fabricação de produtos de madeira teve retração acentuada no mês, com fechamento de 900 postos, além de quedas em obras de infraestrutura e produtos metálicos.
No cenário nacional, o Paraná ocupa a oitava colocação entre os estados que mais geraram empregos industriais em agosto. A posição representa uma perda de fôlego em relação ao mesmo mês de 2024, quando o estado teve desempenho superior e maior participação no ranking do setor.
Apesar do cenário mais moderado, a indústria paranaense segue como vetor estratégico da economia regional, especialmente em áreas com alta empregabilidade como alimentos, construção e manufatura leve. A expectativa para os próximos meses é de retomada gradual, impulsionada por contratações sazonais no último trimestre e eventuais estímulos ao consumo. Ainda assim, o ambiente macroeconômico exige atenção, com desafios como custo do crédito, variação cambial e demanda externa limitada afetando a previsibilidade de novos investimentos.
Para acompanhar os dados mensais sobre a geração de empregos e os principais indicadores industriais do estado, acesse o portal do Sistema Fiep: www.fiepr.org.br.